O deputado federal reeleito Hugo Motta e o deputado estadual Raniery Paulino  reafirmaram em contato com a reportagem do WSCOM, na noite desta quinta-feira, 9, que tomaram a decisão de não apoiar nenhuma das duas candidaturas ao Governo no segundo turno das eleições 2014, apesar de boatos de que estaria se definindo por algum dos candidatos. "Estou adotando a neutralidade", argumentou. Raniery também.

"Não está escrito em lugar algum que tenho que defender A ou B. O povo paraibano é consciente e saberá escolher o seu representante para ser governador do estado. Em respeito as minhas bases e as minhas convicções, resguardo-me ao direito de não apoiar nenhuma das duas candidaturas", destacou.

Segundo documento, "Na cidade de Patos, há uma divergência histórica entre os partidos PSDB, pelo qual é candidato o atual senador Cássio Cunha Lima, e o PMDB, partido ao qual pertenço. Esse embate local impossibilita que eu assuma prontamente uma linha de atuação em favor do candidato Cássio Cunha Lima.

Sobre a candidatura do PSB, pelo qual concorre à reeleição o governador Ricardo Coutinho, da mesma forma que ocorre em Patos, diversas lideranças que compõem a nossa base de apoio em outras cidades divergem do atual governador. Fato esse que me impossibilita de apoiar sua reeleição".

RANIERY – O deputado estadual reeleito (35.007 votos), Raniery Paulino (PMDB), foi o entrevistado do jornalista Eraldo Luis, na Rádio Cultura de Guarabira, e é mais um do partido a pregar a neutralidade no Segundo Turno nas eleições 2014, expondo seu ponto de vista.

Para Raniery, Ricardo Coutinho (PSB) e Cássio Cunha Lima (PSDB) não foram bons governadores para Guarabira. “Ricardo não fez. Cássio desfez”, lembando o deputado do caso da retirada dos equipamentos de hemodiálise do Complexo de Saúde – Hospital Regional Antônio Paulino Filho.

Durante a entrevista em Guarabira, explicou sua postura neste 2º turno. O deputado revelou que em conversa com o senador José Maranhão, defendeu a neutralidade. “Em minha opinião, esta é a eleição da arrogância X incompetência. Estarei com o mesmo comportamento de sempre e com o mesmo olhar crítico e fiscalizador, deste, ou de qualquer outro governo, postou”, disse.

O deputado deixou claro não votar em Cássio. Quando ao que decidiu o seu partido, Raniery prega neutralidade. Sua postura de oposição quatro anos e episódios como o da OAB, na Audiência Pública para analisar as contas do Governo, onde relembrou ter sido agredido e hostilizado pela militância do PSB, também foram motivos fortes para sua decisão. “Não me oporei a decisão do partido, mas mudar meus conceitos do dia pra noite não dá”, acrescentou.