Saúde

Hospital no Recife atende seis bebês com microcefalia em um único dia


12/11/2015

Buscar informações, conseguir acompanhamento. A rotina é semelhante para as famílias das crianças com microcefalia, uma malformação em que o recém-nascido tem o crânio pequeno. Pernambuco registrou 141 casos nesse ano, dez vezes mais do que no ano passado e o Ministério da Saúde decretou estado de emergência em saúde pública. Só na manhã desta quinta-feira (12), o Centro de Referência dos Imunobiológicos Especiais do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Recife, atendeu seis dos 141 bebês nascidos este ano com a malformação.

São casos confirmados. Algumas famílias vieram para a primeira consulta, enquanto outras já estão fazendo os exames exigidos no protocolo para apurar o que causou o problema. São exames de sangue, urina e de líquor, o líquido da coluna espinhal. Segundo os médicos, bebês com microcefalia têm o desenvolvimento do cérebro comprometido, mas os níveis de comprometimento variam caso a caso. A dimensão da lesão no cérebro depende da causa da microcefalia e de em que fase da gestação o bebê foi afetado.

As causas do aumento de ocorrências ainda estão sendo apuradas. Médicos tentam identificar o que houve em comum com as mães durante os primeiros meses de gravidez. As causas da malformação podem ser genéticas; por utilização de drogas, álcool e tóxicos durante a gravidez; ou devido a alguma infecção que passa da mãe para o bebê, como rubéola, toxoplasmose, entre outras. Os médicos investigam se há também alguma relação com casos de dengue, zika vírus ou chikungunya.



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