Saúde

Hospital Edson Ramalho realiza cirurgia inédita no Estado


22/05/2013



O Hospital Edson Ramalho realizou cirurgia inédita na Paraíba com a colocação de próteses vocais em dois pacientes que tiveram suas laringes removidas por causa do câncer. A operação foi realizada pela equipe composta pelo médico-cirurgião de cabeça e pescoço João Paulo de Medeiros Vanderlei e a fonoaudióloga Vivian Lisboa de Lucena, possibilitando que os pacientes voltassem se comunicar com suas famílias e amigos.

A cirurgia aconteceu na quinta-feira (16) e pacientes que necessitarem do procedimento podem procurar o Hospital Edson Ramalho. Para o diretor geral, coronel Thealmam Queiroz, este é mais um procedimento de alta complexidade que orgulha a equipe da unidade de saúde, que vem paulatinamente conquistando renovação, e qualidade na área de saúde. Ele também destacou a qualidade e capacidade da equipe médica envolvida nos procedimentos médicos.

Segundo o médico João Paulo, o procedimento é simples e relativamente rápido, porém exige pericia técnica conseguida através de treinamento em Residência Médica. As próteses também requerem treinamento do paciente quanto ao uso e cuidados de manutenção. A duração média dessas próteses é oito meses, se bem cuidadas , mas podem durar bem mais, e a troca pode ser feita no consultório, sem a necessidade de nova cirurgia ou anestesia.

No dia seguinte à cirurgia, mesmo com o edema provocado pelo procedimento, ambos os pacientes já retomaram o treinamento para usar a prótese. A fonoaudiólogaVivian Lucena comemorou com os pacientes suas primeiras palavras. Para que pudessem iniciar a fala após a cirurgia, eles foram submetidos a um treinamento específico, levando em consideração toda técnica necessária para reabilitação e iniciado antes mesmo da cirurgia.

Esses pacientes ainda necessitam de tratamento fonoaudiológico por um longo período para uma melhora da qualidade da voz e inteligibilidade da fala, mas o resultado inicial já mostra que a resocialização é quase instantânea.

A equipe ressalta que o tempo decorrido da laringectomia (cirurgia para remoção da laringe) não impede a instalação da prótese e a reabilitação do paciente. Um dos pacientes que era locutor esportivo já havia perdido a laringe há 2 anos e o outro há 6 meses. “A prótese é feita de silicone e não oferece agressão ao organismo do paciente, não há relato na literatura de rejeição e, praticamente, todos os pacientes laringectomizados podem ser reabilitados por esse método, mesmo os que fizeram a cirurgia há longa data ou necessitaram fazer radioterapia após as laringectomias”, informou João Paulo.

“Há bastante tempo, procurava reabilitar nossos pacientes laringectomizados com as próteses vocais, mas sempre encontrava dificuldades. Existem outras formas de reabilitação, porém a prótese é a que estabelece a melhor qualidade da voz e satisfação dos pacientes. Espero que muitos outros pacientes possam realizar seus sonhos”, comemorou a fonoaudióloga Vivian Lisboa.



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