Saúde

“Governo está fazendo pouco caso dos médicos brasileiros”, diz presidente do Cre

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17/07/2013



Cerca de 1.000 médicos, estudantes de Medicina e profissionais da saúde iniciaram na tarde desta terça-feira (16) um protesto contra as medidas do governo federal anunciadas na semana passada com o lançamento do programa Mais Médicos. A caminhada começou na frente da sede do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), na Consolação, e vai seguir até o Largo São Francisco, no centro da cidade.

Os manifestantes carregam três caixões de papelão, representando a presidente Dilma Rousseff e os ministros da Saúde Alexandre Padilha e da Educação Aloizio Mercadante. Para Renato Azevedo Júnior, presidente do Cremesp, a "importação" de médicos estrangeiros e o aumento do curso de medicina de seis para oito anos são inaceitáveis.

— O governo está fazendo pouco caso da gente. Somos vítimas do sistema, mas estamos preparados para entrar com uma ação judicial contra esta lei.

Segundo Azevedo, a entidade não é contra a vinda dos médicos estrangeiros, mas “somos contra aqueles que não querem revalidar o diploma”.

— Além disso, não existe obrigar o estudante a trabalhar dois anos no SUS. Isso só existe no serviço militar.

Azevedo reforça que faltam investimento e infraestrutura na saúde pública para o médico conseguir trabalhar com dignidade. A classe promete protestar nos dias 8, 9 e 10 de agosto na frente do Congresso Nacional.

Programa Mais Médicos

O programa Mais Médicos prevê a contratação de médicos para atuar na saúde básica em municípios do interior e na periferia das grandes cidades. O programa foi criado por medida provisória pela presidente Dilma Rousseff e regulamentado por portaria conjunta dos ministérios da Educação e da Saúde.

Para preencher as vagas, o governo lançou três editais: um para atração de médicos, outro para os municípios que desejam receber os profissionais e um terceiro para selecionar as instituições supervisoras.

O edital foi aberto a profissionais formados no Brasil e graduados no exterior, inclusive estrangeiros. Os profissionais receberão bolsa federal de R$10 mil mensais, com jornada de 40 horas semanais.



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