Policial

Garçom que matou Pirulito é condenado a mais de 20 anos

Justiça


15/04/2014



{arquivo}O garçom Wallisson Diniz foi condenado a 20 anos e 9 meses de prisão pelo assassinato do ator José Ismar Eugênio Pompeu, conhecido como palhaço Pirulito. A sessão começou na tarde de ontem e durou cerca de 10 horas, quando o juiz leu a sentença após decisão do Corpo de Jurados que somente saiu na madrugada desta terça-feira, 15.

Na leitura do juiz que presidiu a sessão, o garçom foi condenado a 19 anos e 6 meses de prisão pelo crime de homicídio triplamente qualificado, mais um ano e três pelo furto, totalizando 20 anos e 9 meses. Ele também estará obrigado a pagar 30 dias de multa ao estado com base no salário mínimo atual.

O assassinato do palhaço Pirulito aconteceu no dia 27 de janeiro de 2013, no apartamento da vítima, no bairro Pedro Gondim, em João Pessoa. Ele foi morto a facadas e o autor do crime ainda levou alguns pertences da vítima que foram localizados com familiares do garçom.

A prisão do suspeito aconteceu no dia 12 de fevereiro daquele ano. Na apresentação do garçom, a polícia revelou que os equipamentos roubados da casa do palhaço, um notebook, o celular e a carteira foram encontrados posteriormente. A polícia conseguiu mandado de prisão contra Wallisson Diniz da Silva que foi levado para o presídio.

Ao ser ouvido pela polícia, Wallisson contou que havia se encontrado com a vítima em um kiosque na praia onde beberam e depois foram para o apartamento da vítima, no bairro Pedro Gondim, onde chegaram por volta das 23h. No local voltaram a beber.

O garçom disse que esperou a vítima dormir, pois estava bastante embriagada. Aproveitando a situação aplicou duas facadas no ator, escreveu a letra e depois de tomar banho e trocar a roupa, se apoderou dos objetos e fugiu. A arma, segundo ele, era para se defender, pois vinha sofrendo ameaças por ser garoto de programa.

Ontem, antes do julgamento, o pai do garçom, chegou a dizer que seu filho confessou o crime por ter sofrido tortura por parte da polícia, o que foi negado pelos delegados que participaram da descoberta do caso.

Natural de Pernambuco, José Ismar estrelou diversos papéis no teatro paraibano. Um de seus trabalhos mais conhecido era o "Palhaço Pirulito". Ele também participou da edição da "Paixão de Cristo" de 2013, em João Pessoa.



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