Futebol

Fifa adota ‘paz e amor’, mas joga bombas no colo de COL e governo

Copa do Mundo


04/12/2013

{arquivo}A Fifa está confiante que a Copa do Mundo no Brasil será realizada sem maiores turbulências. Mas a preocupação existe. Não só em relação aos três estádios atrasados (Cuiabá, Curitiba e São Paulo), mas também no que diz respeito à segurança do Mundial – a entidade teme protestos como na Copa das Confederações.

Nos primeiros dias de evento na Costa do Sauípe, palco do Sorteio Final para a Copa do Mundo, a postura da Fifa foi na base da “fé e confiança”. Puro discurso. A cada pergunta mais espinhosa em relação à organização do Mundial, o presidente Joseph Blatter e o secretário-geral Jérôme Valcke passavam a bola para governo e COL.
A primeira delas foi sobre segurança. Questionado a respeito de como a organização do Mundial lidaria com novos protestos – durante a Copa das Confederações, uma onda de manifestações dominou o Brasil -, o presidente da Fifa respondeu com confiança. Porém, jogou a responsabilidade para o governo.

– A segurança é uma questão do estado, do país. E está listada entre as garantias dadas pelo governo quando a Copa do Mundo é atribuída a determinado país. E se pensarmos na Copa das Confederações, a segurança funcionou bem e o futebol venceu. Mas com relação a isso, quem tem de responder é o governo – disse Blatter.

Outro tema que deixou o mandatário da Fifa desconfortável foi em relação aos gastos com o Sorteio Final para a Copa do Mundo – estimados em R$ 26 milhões. Perguntado veementemente do porquê de tanto dinheiro investido e por ter sido escolhido um local de difícil acesso para eventuais protestos, Blatter passou a bola.

Após ironizar a pergunta do jornalista, Joseph Blatter disse que quem poderia falar sobre a escolha pela Costa do Sauípe era o presidente da CBF e do COL, José Maria Marin. Ele ficou por mais de cinco minutos falando sobre o tema e reafirmando que o sorteio poderia ser em qualquer parte do país.

– Poderia ser em qualquer lugar. Certamente haveria a mesma disposição das autoridades em receber da melhor maneira possível. O importante agora, em vez de nos preocuparmos com o local, é receber as 32 delegações da melhor maneira possível, com os nossos braços e mãos estendidas – discursou Marín.

Jérôme Valcke não ficou atrás. Nos dois temas que tiraram a tranquilidade de Blatter, ele também se posicionou jogando a responsabilidade adiante.



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