Futebol

Felipão rebate Del Nero por “chororô”: “Se não ouviu, melhor não dar opinião”

Polêmica


03/12/2014

O técnico Luiz Felipe Scolari, por meio de sua assessoria de imprensa, respondeu ao futuro presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, que, em entrevista recente à Rádio Globo, afirmara que Felipão estava fazendo "chororô", sobre as reclamações à entidade após derrota do Grêmio para o Corinthians, há duas semanas, pela 36ª rodada do Brasileirão.

– Eu disse em entrevista coletiva e está gravado, que não interessa a quem administra o futebol como empresa, ter duas equipes do sul e duas de Minas classificadas para a Libertadores. Em nenhum momento, citei a CBF. Só prestar atenção no que eu disse. Pois, se não ouviu, era melhor não emitir opinião – disse, em texto.
Em nota divulgada nesta quarta-feira, o treinador gremista, que trabalhou com Del Nero durante a Copa do Mundo, defendeu que não havia citado a entidade em sua manifestação, que dizia que "não é interessante, para quem dirige, que tenha dois clubes de Minas e dois do Rio Grande do Sul lá em cima. É bom que tenha um ou dois de São Paulo, que é um grande centro, os dois de Minas e, quem sabe, um do Rio Grande do Sul",
À Rádio Globo, Del Nero entendeu que as críticas eram à CBF e rebateu, afirmando que a reclamação era "um chororô do senhor (Luiz) Felipe Scolari. Será que ele planejou, trabalhou? Faltou planejamento, capacidade. Aliás: faltou treinamento".

A Procuradoria da Justiça Desportiva emitiu na semana passada à presidência do STJD umpedido de intimação de Felipão para esclarecimentos das declarações concedidas após a derrota do Grêmio para o Corinthians. No documento, as observações do comandante tricolor, envolvendo a organização do Campeonato Brasileiro e o STJD, foram classificadas como "preocupantes".

Confira a íntegra da nota de Felipão:

“Eu disse em entrevista coletiva e está gravado, que não interessa a quem administra o futebol como empresa, ter duas equipes do sul e duas de Minas classificadas para a Libertadores. Em nenhum momento citei a entidade CBF. Que eu saiba, a Confederação Brasileira não é uma empresa e sim uma entidade que tem como obrigação ajudar o futebol brasileiro e que não tem fins lucrativos. Eu afirmei que não há interesse para a empresa porque visa lucros e o grande mercado financeiro está em São Paulo e Rio de Janeiro. É só prestar atenção no que eu disse. Pois se não ouviu era melhor não emitir opinião. Quanto ao técnicos brasileiros se reciclarem, há sempre esta disposição dos treinadores. Mas seria bom que todos os setores do futebol brasileiro pudesse se reciclar e buscar melhorias de fato. E não só no discurso”.



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