Educação

Exposição de artista cearense revela face de personalidades paraibanas no Centro

Obras


22/10/2013



{arquivo}Uma exposição do artista Josafá de Orós, montada no Centro de Integração Acadêmica da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Bodocongó, tem revelado as diversas faces de personalidades paraibanas. Os painéis que já passaram por 15 municípios paraibanos, estão expostos até a próxima quarta-feira (23).

Resultado do projeto “Paraíba Grandes Nomes: A Xilogravura e o Cordel, Apresentando Importantes Personalidades do Estado”, a exposição retrata, em xilogravuras e poemas em cordel, políticos, artistas, intelectuais nascidos no Estado e que se destacaram cada um em seu segmento.

As obras do artista plástico Josafá de Orós, que mora há mais de 40 anos na Paraíba, rebusca nesses nomes paraibanos e retrata suas faces nas artes mais admiráveis da cultura popular, que são o cordel e a xilogravura. Os poemas que retratam as fases e o resumo da vida dos personagens foram escritos pelo próprio artista, com a participação do cordelista Manoel Monteiro.

Na visão de Josafá, o Nordeste é um celeiro de grandes nomes. São intelectuais, políticos, artistas dos mais diversos ramos da criação humana, nascidos em terras ensolaradas, que conquistaram com esforço e bravura um lugar na história e que, fora das fronteiras paraibanas, são largamente estudadas e aplaudidas.

“Paraíba Grandes Nomes” apresenta a grandiosidade de personalidades como João Pedro Teixeira, por ser este um dos primeiros mártires dos conflitos agrários no Nordeste; Félix Araújo, que sendo soldado raso nos campos da Itália, instigava seus pares à vigilância da democracia então ameaçada; o gênio de Celso Furtado, que foi certamente um dos economistas brasileiros mais conceituados do mundo, no entanto tão pouco comemorado no seu país e muito menos no seu Estado.

O projeto apresenta ainda poetas como Manoel Camilo dos Santos, autor do onírico clássico Viagem a São Saruê; o genial guerreiro da cultura Ariano Suassuna; o multi-instrumentista Sivuca; Zé da Luz com a projeção de um Brasil matuto; Antonio Bento exímio crítico de arte e personagem paraibano na obra Macunaíma de Mário de Andrade; Melo Leitão o fundador da aracnologia na América do Sul; Pinto do Monteiro, um dos maiores vates da viola nordestina;

Margarida Maria Alves, expressão de ponta no reclame pela justiça camponesa; mas ainda expoentes como José Lins do Rego, Zé Américo, Pedro Américo, Augusto dos Anjos, entre outros lembrados no cordel e na xilogravura de Josafá de Orós. 



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //