Internacional

Exército derruba presidente Morsi e promete transição de poder no Egito

Revolta Árabe


03/07/2013

 O chefe do exército do Egito, general Abdel Fatah al Sisi, anunciou nesta quarta-feira (3) a saída do presidente do Egito, Mohamed Morsi, por ele "não ter cumprido as expectativas" do povo. Acompanhe cobertura em tempo real.

O general declarou que a Constituição está suspensa temporariamente, durante um período de transição, no qual o governo será exercido por um grupo de tecnocratas.

Nesse período, a Constituição vai ser revista, com vistas à convocação de novas eleições.

O general afirmou que as forças de segurança iriam garantir a paz nas ruas das principais cidades do país, que estavam tomadas por manifestantes oposicionistas e também por partidários do islamita Morsi.

A notícia foi recebida com fogos de artifício na Praça Tahrir, no Cairo, palco da revolta popular que derrubou o ditador Hosni Mubarak em 2011.

Governo vê golpe

Um golpe de Estado militar estava em andamento no Egito, denunciou mais cedo um conselheiro de segurança de Morsi.Fontes de segurança afirmaram que Morsi e os principais líderes da Irmandade Muçulmana, organização islâmica a que ele pertence, estariam proibidos de deixar o país.

Além de Morsi, seriam barrados o líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e o número dois da confraria, Jairat al Shater.

‘Governo de coalizão e consenso’

Pouco antes do fim do ultimato, Morsi apelou, pelo Twitter, à formação de um "governo de coalizão e de consenso" no país em crise.

O apelo ocorreu pouco antes do fim do ultimato de 48 horas dado pelo Exército para que Morsi "atendesse às reivindicações do povo" e chegasse a um consenso com a oposição.

A oposição exigia que o islamita Morsi – eleito em 2012 após a revolta que levou à renúncia de Hosni Mubarak em 2011 – deixe a presidência.

Mortes

Em meio à crise política, confrontos entre apoiadores do presidente, oposicionistas e forças de segurança deixaram 16 mortos e mais de 200 feridos entre terça e quarta, segundo as agências Reuters e AFP, que citam a TV local e o Ministério da Saúde.

Os confrontos se acirraram após um pronunciamento do presidente reiterando sua legitimidade, sob o argumento de foi eleito democraticamente.



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