Educação

Estudante brasileiro cria protótipo de copo que evita desperdício

Renovavel


08/03/2013

 O estudante de Sistemas de Informação Lucas Sormani, 23, almoçava em um restaurante quando pensou que copos inteligentes poderiam evitar desperdício. "Imaginei quanto dinheiro aquele estabelecimento perderia com a falta de controle no sistema de refil", diz ao Olhar Digital. O insight virou um projeto em busca de patrocínio.

Sormani quer acoplar chips a copos de 300 ml e 500 ml para medir a quantidade de bebida consumida. As informações seriam enviadas para uma máquina capaz de avaliar se o cliente tem direito a reposição com base no que foi comprado. Em caso afirmativo, o copo é preenchido automaticamente ou o crédito pode ser armazenado; em caso negativo, há a opção de adquirir mais. "O cliente também tem direito a querer só mais um ou dois goles", reforça.

Tudo ainda não passa de um protótipo, mas o estudante tem planos ambiciosos. Ele pretende levar o projeto apelidado de ‘copo-comanda’ para restaurantes em escala nacional. Ao comprar crédito em São Paulo ou no Rio de Janeiro, por exemplo, o consumidor poderá usá-lo em franquias localizadas em qualquer canto do país. Para ter acesso à tecnologia, cada comprador precisará de um cadastro, de onde sairão as informações dos relatórios repassados aos estabelecimentos. A expectativa é que cada loja tenha seus próprios copos personalizados.

A parte mais complexa e cara do projeto é a construção da máquina (veja abaixo). O protótipo em desenvolvimento para ‘conversar’ com apenas um copo está estimado entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, financiamento feito com a ajuda dos pais. Assim que disponível, o sistema funcionará automaticamente, sem a necessidade de operadores humanos.

O plano de negócios acerca do projeto é incerto, porque o estudante ainda não sabe se quer ganhar dinheiro com a venda da máquina em si ou com o aluguel do programa. Por enquanto, ele diz manter conversas com empresas especializadas em sistemas de refil.

No começo do ano o ‘copo inteligente’ esteve na Campus Party, participação que rendeu ao universitário um curso ministrado pelo Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Se conseguir transformar seu insight em uma empresa, ele terá à disposição auditoria gratuita nos seis primeiros meses de vida como empreendedor.

Enquanto não chega lá, Sormani se resguarda no campo judicial e diz estar em busca da patente de sua ideia.



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