Política

Estela diz que o interesse coletivo não foi respeitado: “uma pequenez absurda”

IMPEACHMENT


19/04/2016

A deputada Estela Bezerra (PSB) comentou, nesta terça-feira (19), sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), votado pela Câmara dos Deputados no último domingo (17). Ela disse que o sentimento do interesse coletivo não foi respeitado e que ficou como marca uma imagem negativa da política brasileira. “No domingo o sentimento foi de profunda tristeza. Porque mais do que um voto sim ou um voto não, foi revelado a pequenez, a miudeza do parlamento, o fosso que o parlmento tem com os interesses e a demanda da sociedade brasileira”, disse.

Para Estela, a maioria da justificativa dos votos não atendeu a verdadeira necessidade. “Votar em nome de Deus, usando demasiadamente o seu nome em vão, abusando do uso do nome de Deus, em contextos extremamente adversos. Votar em nome de uma família, que era a sua família, o seu filho, a sua mãe, a sua esposa, não era a família brasileira e as necessidades da família brasileira, revelou a pequenez do nosso parlamento. Um parlamento de um país do tamanho do Brasil, com a grandeza que o Brasil tem e com a importância que o Brasil tem para a região da América Latina. Então, nós prestamos, nós doamos uma imagem muito negativa para a política. O sentimento republicano, o sentimento do interesse coletivo não foi em nenhum momento respeitado. Então teve um sentimento de profunda tristeza de enxergar isso”, afirmou.

Sobre as expectativas para o futuro da vida política, Estela disse que o cenário atual é adverso, no entanto é nesse cenário que se dá o crescimento, segundo ela. “No outro dia a gente continua a luta, porque quem defende a justiça social, quem acredita na democracia, quem defende o estado democrático de direito, se criou na adversidade, é a adversidade que nos faz crescer. O movimento que está nas ruas é um movimento crescente, reagiu muito lentamente mas pegou gosto. E nós vamos continuar nas ruas a defender aquilo que é justo e aquilo que é certo. E dentre as coisas certas e justas tem uma coisa chamada regra do jogo. Se você observar mais de sessenta por cento daquele parlamento tem indicios de corrupção, tem contas na Suiça, de suas esposas, como o próprio presidente da Câmara, o Eduardo Cunha, que eu tive o privilégio e o desprazer também de confrontá-lo aqui e vi da arrogância e da violência que aquele cidadão é capaz. Me chamou à mesa para me ameaçar, dizendo que ia me acusar do que me acusou em sequencia da sua visita na Paraíba”, frisou a deputada.



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