O Grupo Imbuaça, com 36 anos de atividades cênicas, se apresenta em João Pessoa, nos dias 12 e 13 de março (quarta e quinta), às 20 horas, no Teatro Piollin, com o seu espetáculo “A Grande Serpente”. Texto de Racine Santos e Direção Geral de João Marcelino, dentro do projeto Nor-destinos, que faz parte do edital Prêmio Myriam Muniz da Funarte/2013. O grupo sergipano tem se destacado no cenário Nacional pelas ações no teatro de rua, cuja pesquisa de linguagem é fundamentada na Cultura Popular, o que influenciou o surgimento de vários grupos no país, além de ter contribuído pela criação do movimento brasileiro de teatro de grupo.

O texto de Racine Santos cuja“…a ação se passa em uma cidade imaginária do interior do Nordeste, ilhada por caatingas, isolado do resto do mundo, e trata do tema do incesto, dos mistérios insondáveis que rondam a natureza humana, do crime e do castigo, a partir da falta de água na cidade, pois a seca no poço não é outra coisa que não a punição pelo mau caminho, libertando dessa maneira a esfinge, ou por outra, a besta fera…” e nela encontra-se a chave preciosa que é a conexão com a tragédia sofocliana. A montagem, concebida por João Marcelino, utiliza-se do universo ficcional para conduzir o público a reflexão sobre a questão do crime e castigo, proposto pelo texto. O diretor que desde 1988, vem trabalhando com o Imbuaça, optou por espaço lírico, circular, onde tudo ocorre. Essa imagem já conduz a plateia a mergulhar na imagem da circularidade, que também representa o sentido da vida. Seus figurinos impõem uma relação atemporal para uma situação que ocorre quase que constantemente no país.

O elenco é composto de Carlos Wilker, Iradilson Bispo, Kessia, Mercya, Lidhiane Lima
Lindolfo Amaral, Manoel Luiz Cerqueira, Rita Maia, Rose Moura e Talita Calixto.

“A Grande Serpente”, teve sua estreia em 2010, já foi apresentada no projeto Palco Giratório, nas cidades do Rio de Janeiro, Cuiabá e Porto Velho. Agora o espetáculo faz uma turnê pelo Nordeste, nas cidades de Natal, João Pessoa, Campina Grande, Caruaru, Recife e Maceió, graças ao prêmio Myriam Muniz, da Funarte, que tem propiciado a circulação de espetáculos por todo o Brasil.