Política

Emoção marca lançamento do ano cultural que homenageia Cátia de França e Elba Ra

Cátia e Elba


02/05/2013

O lançamento do Ano Cultural 2013, que desta vez homenageia as cantoras paraibanas Cátia de França e Elba Ramalho, foi marcado por emoção. Cátia de França se emocionou e foi as lágrimas em vários momentos da solenidade ao ouvir os depoimentos dos presentes e também ao discursar lembrando sua trajetória de vida e de sua mãe, Adélia de França. Elba não pode comparecer, mas seu irmão, Heráclito Ramalho, também se emocionou ao falar da irmã.

Cátia lembrou da ida para o Rio de Janeiro quando teve que trabalhar 3 anos como datilografa antes de se dedicar exclusivamente a música, fato que aconteceu quando Elba selecionou músicos que tocavam vários instrumentos. “A gente vai para o Rio e pensa que vai encontrar Maria Bethânia, Gal Costa, Gilberto Gil na esquina, mas não é assim”, brincou.

Já Heráclito lembrou do inicio da carreira da irmã e antes disso quando brincavam no quintal de casa de teatro, destacando que ela sempre teve uma veia artística muito apurada.

Luciano Cartaxo afirmou que a homenagem transcende os nomes de Cátia e Elba. “Estamos homenageando artistas, mas histórias de vida. O projeto deve começar pela educação, mas também deve ir além. É ótimo que estas artistas tenham reconhecimento nacional, mas é muito importante fazer com que elas sejam ainda mais reconhecidas e valorizadas em sua própria terra”, destacou. “Nada melhor que, neste ano, promover este encontro entre duas grandes paraibanas”.

O secretário Municipal da Educação, Luís Júnior, destacou a escolha pelas duas artistas. “Acertamos em cheio. Estes dois nomes representam grandiosidade e força, e realmente arrebatam as pessoas. A abertura é um termômetro do que vai ser o Ano Cultural e aqui estamos sentindo esta alegria e informalidade transbordando e mostrando que teremos um grande ano”, afirmou.

Ao final do evento, o jornalista e produtor cultural Ricardo Anísio realizou uma explanação sobre a obra e a vida das homenageadas. Também participaram do evento a coordenadora do Ano Cultural, Aurineide Vasconcelos, e os vereadores Ubiratan Pereira, Elisa Virgínia, Raoni Mendes e Eduardo Fuba.

Homenageadas – Cátia de França nasceu em João Pessoa e desde menina aprendeu a dominar instrumentos como o piano, sanfona e violão. Foi professora de música por algum tempo, até começar a compor. No final da década de 1970, já no Rio de Janeiro, contatou outros músicos nordestinos, como Zé Ramalho, Elba Ramalho, Amelinha e Sivuca, e começou a despontar no cenário nacional com seu primeiro disco.

Cátia destacou a celebração da escolha de duas mulheres em um universo masculino. “Agradeço muito à minha mãe por ter colocado livros ao meu alcance. Foram eles que me trouxeram até aqui. Agradeço também à Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), que acatou o clamor popular pelo meu nome para o Ano Cultural”, destacou. A artista também falou sobre a sua timidez, mas contou que cantar e compor é o que a deixa mais à vontade. “Poderia estar mais distante, mas este é o meu ano e quero conhecer cada escola desta cidade”, disse Cátia de França.

Da cidade de Conceição, no Sertão paraibano, o Brasil ganhou a atriz e cantora Elba Ramalho, que se familiarizou cedo com os mais diversos ritmos nordestinos. Nos anos 70, ela saiu da Paraíba para o Sudeste, onde solidificou a carreira com sua voz e seu estilo. A artista consegue estar em destaque no cenário artístico nacional há mais de 30 anos, sem perder o vigor e a energia.

Ano Cultural – O projeto Ano Cultural tem como objetivo aprofundar o conhecimento dos estudantes da rede municipal de ensino sobre os grandes artistas paraibanos e suas obras. Durante todo o ano letivo os alunos vão focar na leitura e produção textual dos projetos interdisciplinares desenvolvidos nas escolas e Centros de Referência de Educação Infantil (Creis) inspiradas nas obras de Cátia de França e Elba Ramalho.

Na sétima edição, o projeto foi criado no ano de 2007 com o objetivo de homenagear personalidades paraibanas que se destacam no cenário cultural brasileiro. O projeto já homenageou Ariano Suassuna (2007), José Lins do Rego (2008), Sérgio de Castro Pinto (2009), Zé Ramalho (2010), Políbio Alves (2011) e Hebert Vianna (2012).

 

 



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