As importações superaram as exportações, resultando em déficit comercial, em US$ 4 bilhões no mês de janeiro de 2013, segundo informações divulgadas nesta sexta-feira (1) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Trata-se do pior resultado mensal, para todos os meses, desde o início da série histórica disponibilizado pelo MDIC, em janeiro de 1993. Até o momento, o maior déficit comercial para um mês fechado havia sido registrado em dezembro de 1996 (US$ 1,78 bilhão).

Além de ser o pior resultado mensal em 20 anos, o saldo negativo de janeiro deste ano mais do que triplicou frente a igual período de 2012, quando foi registrado um déficit comercial de US$ 1,3 bilhão.

Exportações e importações
Em janeiro, as exportações somaram US$ 15,96 bilhões, com média diária de US$ 725 milhões, enquanto as compras do exterior totalizaram US$ 20 bilhões (média de US$ 909 milhões por dia útil).

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, as importações bateram recorde para meses de janeiro. Em relação a janeiro de 2012, as vendas externas tiveram queda de 1,1% e as importações avançaram 14,6%, de acordo com dados do governo federal.

Resultado do ano de 2012
Em todo o ano de 2012, o superávit da balança comercial brasileira somou US$ 19,43 bilhões, o menor saldo positivo em dez anos. Com isso, o superávit da balança comercial registrou queda de 34,7% em relação ao ano de 2011, quando o superávit totalizou US$ 29,79 bilhões.

Expectativa para 2013
Para 2013, ano que ainda será influenciado pelos efeitos da crise financeira internacional e pela concorrência acirrada pelos mercados que ainda registram crescimento econômico – como é o caso do Brasil –, os economistas dos bancos acreditam que o valor do superávit da balança comercial (exportações menos importações) registrará nova queda, atingindo cerca de US$ 16,75 bilhões.

O Banco Central, por sua vez, projeta um superávit da balança comercial de US$ 17 bilhões para 2013, com exportações de US$ 268 bilhões e importações de US$ 251 bilhões. Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê um saldo comercial positivo de US$ 18,1 bilhões neste ano.