Economia & Negócios

Economia brasileira deve crescer 1% em 2015, prevê Banco Mundial


14/01/2015



A recuperação da economia brasileira no segundo semestre de 2014, após um período de recessão técnica, deve persistir ao longo de 2015, de acordo com relatório do Banco Mundial (Bird) divulgado nesta terça-feira (13).
O documento projeta um crescimento de 1% este ano para o Brasil, ao passo que a economia global deve crescer 3%. Para 2016, o banco projeta que o país deve avançar 2,5%, e em 2017, 2,7%.

Ao longo de 2015, segundo o Bird, os investimentos no país devem se fortalecer gradualmente, "como resultado do aumento da confiança dos investidores e o avanço nas exportações devido à desvalorização do real". O órgão, contudo, prevê que no médio prazo ainda há empecilhos estruturais para o crescimento do país, como problemas na infraestrutura e regulações tributárias e trabalhistas complicadas como elementos que ajudarão a emperrar o crescimento.

De acordo com o relatório, apesar do fim do período de incerteza eleitoral no país, as dúvidas sobre o rumo da política monetária e fiscal e uma agenda de reformas estruturais permanecem elevadas no Brasil.

Cenário externo

O documento também espera um forte efeito do menor crescimento da China em países emergentes como o Brasil. Um declínio de 1 ponto percentual no PIB (Produto Interno Bruto) chinês pode representar um "impacto significante" sobre a economia do país, assim como da Argentina e Peru, diz o relatório.

Na América Latina, reformas de melhora da produtividade e a forte exposição ao comércio dos Estados Unidos podem apoiar o crescimento do México, avalia o Bird, embora "perspectivas de uma rápida repercussão no Brasil, contudo, possam ser constrangidas por uma agenda inacabada de reformas e baixa confiança".

Para o Bird, o fato de o Brasil ser um significante importador na região "pode pesar no crescimento de países vizinhos". O relatório citou o aumento nas taxas de juros pelo Banco Central para conter a inflação, o que segurou o crédito. "Espera-se portanto que o crescimento do Brasil permaneça fraco ao menos no curto prazo", conclui o órgão.



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