Ficar ou deixar o governo Temer não foi a única pauta da reunião da cúpula do PSDB, em São Paulo. A permanência de Aécio Neves (PSDB-MG) no comando da sigla foi um dos temas da reunião. No entanto, o tema não foi levado adiante.

Investigado em nove inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e gravado pedindo propina ao empresário Joesley Batista, Aécio está afastado da Presidência do PSDB. Há uma cobrança pela definição da hierarquia tucana. Um dos que faz essa cobrança é o prefeito de São Paulo, João Doria, que, mais de uma vez, pediu publicamente a saída de Aécio da direção da legenda.

Ele fez a mesma defesa para Aécio e outras 14 lideranças do partido na sede do governo paulista. Segundo o jornal O Globo, após elogiar o senador mineiro, Doria disse que uma saída definitiva do senador da direção do PSDB seria uma atitude bem-vinda para reduzir o desgaste que a situação causa ao PSDB. Aécio e outro senador disseram que cada questão deveria ser resolvida a seu tempo.

Doria negou a discussão. O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati anunciou que o PSDB deverá antecipar para agosto uma eleição interna para definir o substituto de Aécio e demais dirigentes.