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Dilma deve fazer um pronunciamento oficial, diz CNBB sobre protestos


21/06/2013

Ao divulgar nota da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) declarando solidariedade e apoio às manifestações que tomaram conta do país, o presidente da entidade, cardeal Raymundo Damasceno Assis, disse que espera um pronunciamento oficial de Dilma Rousseff.

"Imagino que ela deva dizer uma palavra ao país, fazer um pronunciamento mais oficial", disse o cardeal, que tem encontro marcado com a presidente na tarde desta sexta-feira (21).

Dilma, que se reuniu com ministros na manhã de hoje, ainda não comentou oficialmente os protestos que reuniram mais de 1 milhão de pessoas na quinta (21) em mais de 100 cidades.

Os protestos aconteceram mesmo depois da redução da tarifa do transporte coletivo –uma das principais reivindicações dos manifestantes que tomaram conta do país. Duas pessoas já morreram em decorrência da onda de manifestações. Hoje há previsão de atos em cerca de 60 municípios.

Para a CNBB, as manifestações, desde que pacíficas, "fazem renascer a esperança". A entidade repudiou, na nota, atos de vandalismo, violência, desrespeito e intolerância.
Para a entidade, a onda de protestos é política e é fundamental que os católicos do Brasil participem dos protestos.

"Temos que ouvir, perceber o que querem nos dizer. Isso nos dá elemento para refletir", disse o presidente da entidade.

A CNBB não teme que os protestos atrapalhem a Jornada Mundial da Juventude, programada para julho com a participação do papa Francisco. "Cabe ao Estado garantir a segurança e tranquilidade de todos aqueles que vão participar", disse Damasceno.

Depois da segunda reunião do conselho permanente, estância mais abrangente da CNBB da qual participam 43 bispos, a CNBB também anunciou que está disposta a ampliar o debate sobre reforma política e fazer um mutirão de assinaturas para apresentar o projeto de lei de iniciativa popular destinando 10% da receita corrente da União para a saúde.

 



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