Paraíba

Dia Nacional da Mulher Negra é lembrado durante encontro em Mangabeira

Homenagem


27/07/2013



O Dia Nacional da Mulher Negra, comemorado no último dia 25 de julho, foi lembrado neste sábado (27) com vivências e discussões sobre o papel da mulher negra na sociedade e, principalmente, da mulher no movimento capoeirista. As atividades aconteceram durante realização da II Homenagem das Capoeiristas do grupo Angoleiras na Paraíba. O encontro, com o tema “Reatando Laços”, foi realizado no espaço de terreiro Ylê Axé Xângo Agodô, em Mangabeira, e teve apoio da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria Extraordinária de Políticas Públicas para Mulheres (SEPPM).

A abertura do encontro contou com a presença da secretária adjunta da SEPPM, Adriana Gonçalves, que falou da importância da homenagem. “Foi muito prazeroso poder participar de uma atividade como esta, que promove discussões que possam fortalecer o debate sobre a participação das mulheres negras na sociedade e, mais que isso, das capoeiristas mulheres em seus grupos de atuação”, disse ela sobre o evento.

A programação de início das atividades contou com a prática de uma vivência realizada pela capoeirista Viviane Lira, também agente de Direitos Humanos do movimento LGBT. Logo após foi a vez da educadora Dora Delfino, da ONG Amazona, propor uma discussão sobre a participação da mulher nos grupos capoeiristas e os desafios necessários para um maior reconhecimento da atuação das mulheres nesses agrupamentos.

A homenagem ao dia 25 de julho teve continuidade na tarde deste sábado (27) com mais vivências e demonstrações Afro, além das participações de grupos de capoeira. Nesta edição de 2013, o evento promovido pelas Angoleiras na Paraíba teve também o apoio da ONG Bamidelê, da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (Cese), ONG Amazona, Grupo de Estudos e Pesquisas Afro-Brasileiros e Indígenas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Federação Cultural Paraibana de Umbanda, Candomblé e Jurema, grupo de Maracatu Pé de Elefante, e o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sintricom).

“Nossa proposta foi a de promover momentos de falas, trocas e reflexões relevantes para além do universo da capoeira, querer entender as relações de poder para dentro e para fora dos agrupamentos culturais, visibilizar as mulheres capoeiristas, em especial as capoeiristas negras, e nos perguntar onde e como estão as mulheres capoeiristas”, ressaltou Ana Margarida, representante da Angoleiras na Paraíba.

25 de julho – Entre as brasileiras, o Dia Nacional da Mulher Negra foi criado a partir do projeto de lei 23/2009 do Senado, que referência a quilombola Teresa de Benguela, que resistiu por mais de 18 anos no Quilombo do Quariterê, em Mato Grosso, no século XVIII.

Na comunidade internacional o dia 25 de Julho vem sendo comemorado desde 1992. Foi naquele ano que mulheres negras de 70 países participaram do 1º Encontro de Mulheres Negras da América Latina e do Caribe, em Santo Domingo, na República Dominicana. A data de 25 de julho, último dia do evento, ficou marcada como o "Dia da Mulher Negra da América Latina e do Caribe".



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