A sessão desta terça-feira (23) na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), foi palco de discussões acirradas sobre a eleição para prefeito de João Pessoa. Na tribuna da Casa de Epitácio Pessoa, os deputados Gervásio Maia (PSB) e Raoni Mendes (Democratas) teceram críticas pesadas à gestão do prefeito e candidato à reeleição, Luciano Cartaxo (PSD).

Raoni Mendes disse que, “em 2014, Cartaxo tentou eleger o irmão senador da República, em 2015 falou da crise, em 2016 Cartaxo você fez o que para a Saúde, Educação e Esporte: eu fiz a Lagoa. Desejo eu que o Ministério Público Federal chegue ao final da investigação e mostre onde foi parar o desvio que a CGU encontrou nessa obra da Lagoa para que o povo de João Pessoa nunca esqueça quem iniciou esse processo aqui na Capital”, frisou.

Já Gervásio Maia afirmou que, em ano de eleição a postura dos políticos se transforma. “É impressionante como alguns políticos mudam de comportamento no período eleitoral. Tenho visto a participação perseguidora do prefeito da Capital que prometeu muito ao povo pessoense, mas deixou muito a desejar e deixou a desejar porque prometeu demais. Na eleição passada vendia uma ideia ao povo de João Pessoa como se fosse mudar a história da Capital e nada disso aconteceu. Eu queria que ele falasse sobre o Trauminha que vive sucateado, queria que ele explicasse como retirou 200 mil toneladas de terra de dentro da Lagoa”, indagou.

A defesa de Cartaxo ficou por conta dos deputados do PSDB, Camila Toscano e Tovar Correia Lima. Este último condenou a propagação de críticas referente a eleição municipal a tribuna da ALPB.

“A gente faz uma discussão clamando pela segurança da nossa Paraíba. Não estou clamando pela Segurança discutindo a política de João Pessoa, muito pelo contrário. Não estou aqui para discutir quem é o melhor candidato para João Pessoa, isso a gente vai discutir nas ruas, nas nossas passeatas, caminhadas e palanques eleitorais. Na Assembleia a gente tem que discutir a Segurança do nosso Estado, a água do nosso Estado, por exemplo. Antes o cidadão queria uma melhoria de vida, hoje o cidadão paraibano quer sobreviver e não consegue por conta da falta de segurança e da sede no nosso Estado. Essa é a grande discussão que a gente deve travar aqui dentro”, afirmou o deputado.

Tovar afirmou ainda que falar em política nas sessões da Assembleia Legislativa visando somente o período eleitoral é mesquinho. “É um pensamento apequenado, pensar apenas em política dentro da Assembleia. Porque as pessoas que moram no interior do Estado não estão interessados na política de João Pessoa ou de Campina Grande e sim na água para beber”, disse.