Futebol

Dagoberto admite que não sabia música do Cruzeiro: ‘Aprendi na marra’

Do Cruzeiro


17/11/2013



 Campeão absoluto. Melhor time do Brasil e melhor ataque. Futebol envolvente, ofensivo e time entrosado. Faltam adjetivos para descrever o vitorioso Cruzeiro que ergueu a taça do Campeonato Brasileiro na quarta-feira passada, após vencer o Vitória no Barradão por 3 a 1. Na semana anterior, os jogadores já haviam extravasado na comemoração após bater o Grêmio por 3 a 0 no Mineirão. O título não veio ali, mas entre os jogadores, uma coisa era certa: ninguém tirava o caneco da Toca da Raposa.

Um dos jogadores mais empolgados na ocasião era o atacante Dagoberto. Com direito a cambalhotas e escalada no travessão, o atacante celeste celebrou seu quarto título nacional com muita energia.

– Saí um pouco da minha normalidade. Estava vendo depois e fiquei até com vergonha de coisas que eu fiz. Mas vale a pena, foi gostoso. Foi uma coisa natural – contou Dagol.

Em um momento, foi flagrado pelas câmeras no embalo da música ‘Nós somos Loucos’, hino que contagiou o Cruzeiro na trajetória do tricampeonato. Com as mãos agitadas e vibrando no grito da torcida que lotou o Mineirão, Dagoberto inventava a letra da canção, já que não conhecia bem os versos.

– Eu não sabia a música mesmo! Meus amigos me fizeram aprender na marra. No Corpo de Bombeiros a galera toda estava cantando errado, ficou bacana. Claro que a música original é muito bonita, está de parabéns quem a inventou – disse.

O atacante é um dos símbolos do elenco vistoso da Raposa. Durante a temporada, foi titular e reserva, já que a boa fase de seus companheiros permitiu ao técnico Marcelo Oliveira a rotação da equipe que começava jogando. A força do grupo foi uma das principais virtudes cruzeirenses, que em certos momentos pareceu liderar sem fazer muita força, tamanha a qualidade dos jogadores.

– Ganhamos de todos os adversários possíveis. O Cruzeiro ganhou porque foi o melhor e fez por merecer dentro de campo – afirmou.
A comemoração nas ruas de Belo Horizonte durou dias e noites. Extasiados, os jogadores se mostraram surpresos com a recepção dos torcedores. Dedé e Júlio Baptista eram dois dos mais impressionados com a força da massa celeste.

– É coisa de louco! A torcida do Cruzeiro mostrou hoje, para mim, porque é uma das maiores do Brasil – disse o zagueiro.

Dona Eid Nogueira, torcedora fanática de 97 anos

Se a torcida encheu tanto de orgulho, assim, os jogadores, o que dizer da dona Eid Nogueira, cruzeirense fanática, de 97 anos, que acompanha o time desde 1937, quando a equipe ainda chamava Palestra Itália.

Após conhecer de perto o Cruzeiro, ela passou a frequentar as partidas da equipe. Na inauguração do Mineirão, em cinco de setembro de 1965, ela esteve presente. De lá para cá, perdeu as contas de quantos jogos presenciou no estádio. Sua companhia era o filho Roberto que sempre ficava a seu lado, mas, há mais ou menos 25 anos ela deixou de assistir às partidas no estádio por conta do falecimento de seu filho e da violência.

Depois de 25 anos, dona Eid voltou ao estádio em 2013 e pôde acompanhar o título incontestável do Cruzeiro no Brasileirão. Um presente para uma das torcedores mais antigas da instituição.

– Nunca vi uma derrota dele no estádio. Eu não largo o Cruzeiro de jeito nenhum. Se ele acabasse, eu não queria mais futebol na minha vida – contou a torcedora fanática.



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