Dirigido por Ana Dinniz, o curta entra esta semana em duas plataformas internacionais e compõe a programação da primeira edição do festival Cine das Almas, que acontece de 04 a 06 de abril na cidade de Itabaiana, no Vale do Paraíba. ‘O que os machos querem’ (2021, 8’35”) é o segundo projeto realizado na função de diretora da paraibana Ana Dinniz. Atualmente, ela desenvolve, também em parceria com a Carambola Filmes, a série ‘180 – Feminicídios na Paraíba’ sobre crimes desta natureza que tiveram grande repercussão no Estado.

‘O Que os Machos Querem’ participa do Programa 05 do LiftOff Global Network (de 28 deste mês a 11 de abril). O P5 é composto por 115 curtas que podem ser votados até o dia 11 de abril e assistidos o mês inteiro no Vimeo On Demand da empresa por US$ 20. O curta paraibano é o nº 31 da lista. Os cinco mais votados de cada um dos seis programas da rodada social serão avaliados pelos Juízes Oficiais do Lift-Off. O filme com a maior pontuação geral ganha uma seleção oficial para exibição ao vivo no próximo ano no Pine Wood Studios e Raleigh Studios, em Hollywood.

Uma adaptação do conto homônimo de #RuthDucaso, assinatura estética da escritora baiana Luciany Aparecida, ‘O Que os Machos Querem’ foi idealizado, produzido e realizado por uma equipe majoritariamente feminina, entre julho de 2020 e agosto de 2021. Recebeu incentivo do Edital Margarida Cardoso (recursos da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc. Lei Federal nº 14.017, de 29 de junho de 2020. Com apoio do Governo do Estado da Paraíba, artravés da Secretaria de Estado da Cultura). 

O curta estreou em dezembro, concomitantemente, no 16º Comunicurtas (Campina Grande) e 16º Fest Aruanda (João Pessoa) ganhando 06 prêmios: Melhor Filme, Direção, Arte e Atriz (Mostra Tropeiros – Comunicurtas) e Melhor Filme e Atriz (Mostra Sob o Céu Nordestino – FestAruanda). Em março, participou da 1ª Edição do Clapperboard Golden Festival e foi indicado entre os 10 melhores roteiros. Em ‘O que os machos querem’, uma mulher prepara, na afiada ponta da faca, uma receita de picado que não está em nenhum livro de culinária.

 No dia 31 deste mês, o curta de Ana Dinniz estará sendo avaliado pelo júri do One Earth Festival (Cinema, Música e Videoclipe), na Índia, que a cada quatro meses seleciona curtas para exibição no final do ano em Bengaluru. Anteriormente chamado de “Film Bengaluru”, esta premiação trimestral reconhece a excelência de todo o mundo em cinema e música. Com um júri estelar de Grammy, Oscar e outros músicos e cineastas reconhecidos internacionalmente e pessoal de topo da indústria, o One Earth Awards também premia cineastas e músicos que usam sua arte e talento para tornar este mundo um lugar melhor.

Diretora de Arte e figurinista de audiovisual e teatro desde 1998, ao longo de 25 anos de carreira, Ana Diniz trabalhou em cerca de 40 filmes entre curtas, médias e longas-metragens – ficcionais e documentários. Foi Diretora do Cine Bangüê da Fundação Espaço Cultural da Paraíba – FUNESC (2010-2011) e estreou na direção em 2019 com o curta-metragem ‘FIM’ (15 min.). Produzido pela Carambola Filmes, tem roteiro e direção de Ana Dinniz, texto de Luciany Aparecida

O curta traz no elenco a atriz Ana Marinho. Na produção executiva (Drica Soares), produção (Jamara Gonçalves Dias), assistente de produção (Neit Muniz), direção de Fotografia (Érica Rocha), assistência de fotografia (Joana Maia), som direto (Jana Lacerda), direção de arte (Ana Dinniz), figurino (Martina Nobre), assistência de arte (Luzia Costa), montagem (Joana Maia), cor e finalização (Bebel Lelis), edição e desenho de Som (Isadora Torres) e trilha sonora (Fabin). Uma equipe essencialmente feminina. Um feito que demonstra um aumento no número de mulheres atuando em diversos domínios do cinema e do audiovisual. No entanto, a batalha ainda não está ganha e a luta pelo espaço continua.