Saúde

Convênio nega cirurgia bariátrica a jovem com 175 kg em Rio Preto, SP

Obesidade


11/06/2013

 Um impasse está causando muita dor de cabeça para uma jovem com 16 anos, moradora de São José do Rio Preto (SP). Ela precisa realizar uma cirurgia bariátrica, mas o convênio médico não libera a cirurgia. Pesando 175 kg, a jovem convive com o problema desde pequena e aguarda pela oportunidade.

O Ministério da Saúde aponta que quase metade da população brasileira está acima do peso. O estudo revela que o número de obesos é crescente e, em cinco anos, o aumento foi de quase 5%.

A dona de casa e mãe da jovem, Adriana Natalícia Silva, vive o drama na família. “Ela não tem autoestima, não tem vontade de nada, não tem vontade de sair de casa. Ela só vai para escola e chega da escola e dorme a tarde inteira”, conta Adriana.

A mãe não sabia mais a quem recorrer. Médicos, nutricionistas, psicólogos e tratamentos não surtiram efeito. No ano passado, Adriana voltou a ter esperança quando o Ministério da Saúde mudou a idade mínima para a cirurgia de redução de estômago. De acordo com a Agência Nacional de Saúde (ANS) os convênios tem obrigação de realizar as cirurgias de redução do estômago em pacientes acima de 18 anos. Mas, em casos de extrema necessidade, pode haver exceções, a avaliação é individual.

A mãe da jovem reuniu a documentação necessária para a operação. Ela paga o convênio médico desde que a menina nasceu, mas não consegue autorização para a cirurgia. “Em 2012 procurei o médico para fazer a cirurgia dela e o plano negou, ela tinha 15 anos. Quando completou 16 fui novamente e o plano negou. Quando o Governo liberou tentei de novo e o convênio negou novamente”, conta Adriana.

O paciente deve passar por uma série de exames antes de realizar a cirurgia. O chefe do setor de cirurgia bariátrica do Hospital de Base, Gilberto Brito, analisou o caso da filha de Adriana e informou que a operação é indicada. “O peso normal para ela seria 75 quilos, então ela tem 100 kg de excesso de peso e é classificada como superobesa”, comenta Brito.

Se o convênio continuar negando o procedimento, ela pode tentar o Sistema Único de Saúde. A espera é de quase três anos, média no Hospital de Base. Por mês, cerca de 10 pessoas são operadas pelo SUS.

Segundo assessoria do plano de saúde da jovem, a redução de idade proposta pela portaria do Ministério da Saúde estabelece uma série de critérios para que a cirurgia seja realizada, como, por exemplo, análise óssea e avaliação criteriosa do risco desse procedimento. Ainda seguno a assessoria, a paciente não apresentou os documentos que atendem às exigências da portaria e a cirurgia foi classificada pelo médico como eletiva, ou seja, que não é urgente.

 



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