Segundo Einstein: “Não podemos resolver os problemas com o mesmo grau de consciência que os criamos”. Então, ao olharmos para todas as transformações que se desenham no futuro das profissões e das empresas, com robôs e tecnologias diversas assumindo funções que homens e mulheres desempenham, muitas vezes em condições sub-humanas, ou mesmo desumanas, refletimos que a visualização do futuro, exigirá das pessoas, posturas que garantam a humanidade e a dignidade nas relações de trabalho e na atuação dos governantes.

Todos os investimentos que são feitos no desenvolvimento tecnológico precisam ser ponderados, para se poder investir também nas pessoas, e essa ponderação está se tornando cada vez mais urgente. A educação precisa ser reformulada, o modelo atual, desenvolvido para atender a uma sociedade que se movia lentamente, onde o acúmulo do conhecimento era a fórmula, não se sustentará. O indivíduo precisa de formação condizente com as exigências do mercado, de maneira que ele possa gerar valor em sua vida pessoal e para as instituições nas quais preste serviço.

Por outro lado, as empresas precisam estar atentas ao bem-estar de seus colaboradores, negligenciar essa demanda será devastador para o negócio, pois a saúde mental das pessoas precisa ser preservada ante a toda transformação social que vivemos. Saúde mental bem equilibrada, gera produtividade, o desejo de todas as corporações.

Em ambientes onde se trabalhará com competências humanas, as tão faladas Soft-skills, privilegiando a flexibilidade, a criatividade e o poder de resolver conflitos, será necessário que os indivíduos estejam saudáveis, e as organizações não devem delegar essa responsabilidade exclusivamente às pessoas que colaboram com elas, pelo contrário, precisarão ter programas e ações de gestão, dentro de suas estratégias de negócios, de maneira a garantir lucidez profissional de seus colaboradores e assim sua competitividade mercadológica.

Para promovermos as transformações que a tecnologia nos tem imposto, temos um grande desafio, colaborar com a alteração de comportamento das pessoas, buscar meios para aflorar e desenvolver nos indivíduos competências e habilidades, que para muitos serão desafiadoras, mas que está ao alcance de todos os que se dispuserem à transformação comportamental. Uma provocação: você já parou para pensar por que a Psicologia Positiva tem ganhado tanto espaço nas empresas, ou porque atualmente se ensina Felicidade e Bem-estar em cursos universitários?  Esse é um movimento natural que tem aflorado ante as necessidades do mercado em desenvolver meios de cuidar do ser humano, pois apenas ganha aderência, nesse universo com tantas informações e transformações, aquilo que será útil na jornada, aquilo que traz projeção tanto para empresas como para o trabalho.

São muitos os movimentos que indicam que o indivíduo é que fara a diferença entre as organizações, mesmo com a transformação da relação do trabalho, o que exigira que todos tenham competências de liderança. Se até aqui você ainda tem dúvidas se o futuro é humano, deixo minha compreensão sobre a questão: o futuro da sociedade é humano, porque precisamos preservar a humanidade das pessoas, nas relações interpessoais e nas relações com as empresas, em modelos que ainda precisamos construir, pois os atuais não se adequam à silhueta, que hoje, que vislumbramos do futuro.

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