{arquivo}Depois de muita polêmica, falta de comunicação e atrasos, Vasco x Sampaio Corrêa deve ser remarcado para o estádio Albertão, em Teresina, no Piauí. A partida, que acontece na próxima terça-feira, foi inicialmente acertada para a Arena da Amazônia, já que, por punição, o clube cruz-maltino não pode mandar o jogo a menos de 100 quilômetros de distância do Rio de Janeiro. O veto foi do coordenador geral da UGP/Copa, Miguel Capobianco, que alegou não poder receber o evento por causa da instalação de cabos de transmissões da Fifa no campo.

A CBF se envolveu no caso e acenou com uma solução emergencial após chegar à conclusão de que não seria possível contornar o impasse. O novo prazo para a confirmação oficial é na manhã desta quinta-feira, quando a entidade receberá uma resposta sobre as passagens aéreas.

– A tendência é que seja em Teresina. Mas preciso de confirmação das passagens antes. Devemos ter ok na manhã desta quinta-feira. Manaus já está descartado – disse Virgilio Elísio, diretor de competições da CBF, no início da noite desta quarta.

Jogo no Albertão depende de vistoria
A intenção da diretoria cruz-maltina é arrecadar com uma renda alta após prejuízo com portões fechados em três rodadas. Por isso, a alternativa de levar o confronto para Volta Redonda, por exemplo, não era vista com bons olhos.

O Albertão comporta 55 mil pessoas, foi reformado recentemente e deve receber um bom público, assim como em Manaus, em razão do números de torcedores vascaínos na região. Mas, nesta quarta, o Ministério Público fez uma vistoria no estádio e avisou que sua utilização depende de liberação. Não houve jogo em 2014 lá.

A questão agora é agilizar a parte logística, já que os ingressos precisam ser confeccionados e a organização em Teresina também tem de estar pronta a tempo. Além, é claro, de encontrar voos para acomodar as duas delegações. O Sampaio Corrêa leva vantagem quanto à distância, já que Piauí e Maranhão são estados vizinhos. Vale lembrar que o Estatuto do Torcedor foi ignorado na situação, pois exige que dez dias antes do evento já haja a definição sobre o local escolhido.

Em meio a tudo isso, o Vasco cogita não ceder São Januário nos moldes da Fifa, que teria sido contra a realização da partida na Arena da Amazônia. Marcelo Viana, dirigente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, foi a Manaus visitou o estádio e constatou que há restrições para jogos no momento. O clube tentou uma pressão por 48 horas, sem êxito.

Entenda o caso
No fim de abril, o Cruz-Maltino foi convidado pela mesma empresa que organizou o jogo contra o Resende, pela primeira fase da Copa do Brasil, a repetir a dose, só que desta vez levando uma fatia generosa da renda – na ocasião, o montante foi superior a R$ 2 milhões, e o Vasco, que não foi consultado sobre a mudança, não viu a cor do dinheiro por não ter eliminado a partida, como prevê o regulamento. Houve o interesse, as conversas evoluíram, mas a UGP/Copa, responsável pela administração da arena até a entrega à Fifa, não foi consultada diretamente.

A partir da negativa da secretaria, o clube se viu com um problema nas mãos. Mesmo evocando as entidades carioca, amazonense e nacional, não foi capaz de obter a autorização. Como havia confirmado a partida na Arena da Amazônia, depois do aval do COL (Comitê Organizador Local), a CBF, que acreditava que o confronto poderia ser o último evento-teste pré-Copa em Manaus, assumiu o caso para evitar maiores transtornos e tenta remarcar o duelo para o Piauí.