Futebol

CBF tira foco dos reais culpados e escala Neymar para amenizar crise após vexame

Crise


11/07/2014



 Neymar foi o escolhido pela CBF para amenizar as críticas que a seleção brasileira vem recebendo desde a goleada por 7 a 1 para a Alemanha na terça-feira. O jogador, que esteve fora da partida por conta de uma lesão sofrida na partida de quartas de final contra a Colômbia, chegou à Granja Comary no final da tarde e já foi convocado para ser o porta-voz da entidade no mesmo dia em que José Maria Marin, presidente da entidade, se negou ser questionado em conferência.

O atacante de 22 anos tinha o peso de conduzir a seleção brasileira ao título, mas ficou de fora no momento chave por conta de uma entrada violenta do colombiano Zuñiga. Sem preparar a equipe para atuar na sua ausência, Felipão foi engolido por Joachim Löw e sua equipe bem treinada. Neymar, sem ação, tentou encontrar explicações para o vexame e minimizar sua ausência.

“Foi uma coisa inacreditável. Foi um apagão. Tomamos muitos gols e ficou difícil de reverter. Não existe se (eu jogasse seria diferente). Fácil falar depois. Já passei por isso, em conviver com um apagão dentro de campo. Não se consegue fazer nada. É só torcer que acenda luz rápido. Mas não vim aqui explicar. Perguntem aos meus colegas e eles não sabem explicar. Se os caras que estavam lá não sabem explicar… só temos que lamentar, ninguém aqui queria perder. A gente não merecia entrar para a história assim”, disse.

Ele citou 1950 e a história de Barbosa, o goleiro da seleção na primeira Copa que foi apontado como grande responsável pela derrota contra o Uruguai. “Vamos ficar marcados por uma goleada o que é um pouco de injustiça, como foi em 1950. Meu pai conta do Barbosa e foi uma injustiça. Temos de voltar a sorrir, não podemos ficar chorando todos os dias. Já choramos o que o que temos de chorar e temos de vencer a partida (contra a Holanda) para nós, torcedores, famílias. A gente merece”, disse.

Neymar se apresentou para a coletiva com uma camisa oficial da seleção toda autografada por seus colegas e pelo técnico Luiz Felipe Scolari. A CBF usou todo o marketing que envolve o principal jogador da seleção brasileira para tentar diminuir o foco em relação ao time do técnico (Felipão) que escalou um jogador (Bernard) que não treinou numa semifinal de Copa do Mundo.

O atacante usou a mesma frase de Felipão na véspera da sua coletiva para defender seus colegas. “Se fossem fazer outra escalação hoje, 95% dos jogadores seriam os mesmos. Não é por causa de uma derrota que todos são ruins. Não tem o que falar. Aconteceu, faz parte do futebol”, disse o atacante enquanto Marin e seu sucessor, Marco Polo Del Nero, se mantém calados.



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