Futebol

CBF quer controlar ‘jogos de aluguel’ no Campeonato Brasileiro

pela CBF


21/08/2014



A atuação de empresas na comercialização de mandos de campo chamou a atenção da CBF. Na última quinta-feira, a entidade enviou uma circular para as federações determinando que os clubes informem com quais empresas têm negociado os jogos nos novos estádios.

No comunicado, a CBF lista seis informações que os clubes precisam informar, entre elas quem são os responsáveis pelas empresas, além da razão social e os contatos. De acordo com a circular, as informações serão usadas para cadastro junto à entidade.

O ofício foi enviado na semana em que uma mesma empresa foi a dona da renda de dois jogos no Mané Garrincha, em Brasília. Em duas partidas, a renda total foi de mais de R$ 3 milhões. No sábado, o mando de campo era do Botafogo, no clássico contra o Fluminense. E na terça, do modesto Vila Nova (GO), contra o Vasco.

Os contratos são confidenciais, mas, geralmente, seguem o mesmo padrão. A empresa que se interessa por comprar a operação da partida paga uma quantia no ato da assinatura e estabelece uma porcentagem em favor do clube a partir de determinado número de público.

Federações e Governo do Distrito Federal também lucram

No caso do Botafogo, o alvinegro recebeu R$ 400 mil e mais cerca de R$ 200 mil referente a porcentagem prevista pelo público ter ultrapassado os 15 mil torcedores. A empresa ficou responsável por pagar as taxas e arcar com todos os serviços necessários para a partida (limpeza, segurança, venda de ingressos).

Os custos da empresa foram: pagou R$ 112,6 mil, referente a 5% da renda para as Federações do Rio e de Brasília, e ainda R$ 337,9 mil para o Governo do Distrito Federal, que administra o Mané Garrincha. De cerca de R$ 1 milhão que sobrou, pagou os serviços do estádio.

No clássico, aos 20 minutos do segundo tempo ainda havia torcedores nas filas para comprar cachorro quente e refrigerante, devido ao insuficiente número de pontos de venda. Além disso, nos dois jogos, a área destinada à imprensa estava empoeirada e suja.

No fim do jogo entre Botafogo e Fluminense, a reportagem ainda flagrou alimentos que foram levados por torcedores espalhados pelo chão. Eles estavam próximo a um dos portões de entrada e não havia funcionários no local.



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