Política

Cássio defende afastamento definitivo de Dilma: “A agonia não pode durar mais”

IMPEACHMENT


04/08/2016

“A presidente da República, Dilma Rousseff, cometeu crime de responsabilidade e deve ser afastada definitivamente da Presidência da República. Foram crimes graves que não podem ficar impunes até porque seria uma pedagogia terrível para as novas e futuras gerações. O Brasil anseia, deseja, roga até para que, com a brevidade necessária, possamos por fim a esse longo processo”. Foi assim que o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) declarou o seu voto, nesta quinta- feira (04), na Comissão Especial do Impeachment (CEI), ao defender a aprovação do relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG), que recomenda o julgamento da presidente afastada.

Projeto de poder

Para Cássio, a CEI ao analisar laudos, notas técnicas e ouvir quarenta e quatro testemunhas, das quais, segundo ele, trinta e oito foram da defesa, provou de “forma cabal e irrefutável” a prática dos crimes:

“Os crimes foram cometidos em nome de um projeto político. Dentro da maior fraude fiscal já verificada na história do Brasil. Há muito o que fazer, há muito o que realizar, talvez há muito ainda o que se construir para tirar o Brasil do abismo no qual ele foi empurrado em nome de um projeto de poder”, destacou o líder do PSDB.

 “A agonia não pode durar mais”

O líder do PSDB reforçou que, a crise não é banal e há muito o que fazer. “A agonia do país não pode durar mais. A crise não é banal, e não estamos ainda encontrando saídas fáceis para ela. Há muito o que fazer, há muito o que realizar. Talvez haja tudo ainda o que se construir para tirar o Brasil do abismo para o qual ele foi empurrado, repito, em nome de um projeto de poder”.

Balanço dos trabalhos

No balanço da Comissão Especial do Impeachment (CEI), instalada em 26 de abril, o presidente, senador Raimundo Lira (PMDB-PB), disse que foram realizadas 31 reuniões, analisados 135 requerimentos, encaminhados 18 recursos ao STF e ouvidas 44 testemunhas, sendo 38 da defesa.

Próximo passo

A Comissão do Impeachment aprovou, por 14 votos a favor e 5 contra, o relatório de Antônio Anastasia que recomenda a continuidade do processo e o julgamento de Dilma Rousseff por crime de responsabilidade. Agora, o parecer será submetido ao plenário do Senado Federal. A previsão é de que a análise do relatório ocorra na próxima terça-feira (9).



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