Justiça

Caso Júlia dos Anjos: padrasto acusado de matar adolescente vai a júri popular nesta terça-feira


18/06/2024

Da Redação / Portal WSCOM



O julgamento de Francisco Lopes de Albuquerque, acusado de estuprar, matar e ocultar o cadáver da adolescente Júlia dos Anjos Brandão, de 12 anos, ocorrerá nesta terça-feira (18) no Fórum Criminal de João Pessoa. O júri popular, que começa às 9h, será presidido pela juíza Aylzia Fabiana Borges Carrilho.

Relembre o caso

Júlia dos Anjos desapareceu no dia 7 de abril de 2022, no bairro de Gramame, em João Pessoa. Inicialmente, sua mãe relatou que a filha havia recebido mensagens de uma mulher que poderiam estar relacionadas ao desaparecimento. Cinco dias depois, o padrasto, Francisco Lopes, confessou ter matado a adolescente por asfixia após estuprá-la. O corpo de Júlia foi encontrado em um reservatório de água no dia 12 de abril, em avançado estado de decomposição.

Segundo a denúncia do Ministério Público, Francisco Lopes cometeu os crimes na madrugada do dia 7 de abril de 2022. Ele estuprou Júlia enquanto ela dormia e a asfixiou com as próprias mãos. Em seguida, removeu o corpo, colocou-o em seu automóvel e ocultou-o em um poço próximo à sua residência. Após o crime, ele voltou para casa e dormiu.

Durante a investigação, Francisco inicialmente forneceu uma versão dos fatos que foi refutada pelos demais elementos do processo, incluindo a análise de câmeras de segurança. Para despistar suspeitas, ele participou das buscas pela adolescente e compareceu à delegacia várias vezes. Confrontado pela polícia, ele finalmente confessou os crimes.

Francisco Lopes será julgado por homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de asfixia, recurso que impossibilitou a defesa da vítima, ocultação de cadáver e estupro de vulnerável. A acusação afirma que o réu agiu para assegurar a impunidade de outro crime e por razões da condição do sexo feminino.



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