Brasil & Mundo

Cabral pede ajuda federal no Rio para conter ataques a UPPs


21/03/2014



O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), esteve reunido nesta sexta-feira (21) com a presidente Dilma Rousseff para pedir o envio de tropas federais para o Rio de Janeiro para ajudar a conter a violência deflagrada após três comunidades pacificadas terem sido atacadas. Toda a cúpula da segurança pública no Estado esteve em reunião com a petista, em Brasília.

Segundo o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, os detalhes da cooperação não serão adiantados, mas haverá uma reunião na próxima segunda-feira (24), às 10h, entre autoridades de segurança do Rio e do governo federal. "Governo federal e governo do Estado do Rio de Janeiro são mais fortes juntos do que o crime organizado", disse.

Nem o ministro nem o governador deram detalhes de quais tropas, se da Força Nacional ou das Forças Armadas, deverão ser enviadas ao Estado. "É evidente que vocês têm uma ansiedade natural em saber quais são as medidas, quando serão tomadas e os detalhes e eu tenho, mais uma vez, que responder que em questões de segurança pública não se comenta, não se revela, só após as medidas serem tomadas", afirmou Cardozo.

"As perguntas que vocês tiverem sobre que forças irão intervir, em que condições vão intervir, onde vão intervir, eu não poderei responder, mas é que questões de segurança pública são tratadas sigilosamente", acrescentou.

O governador atribuiu a série de ataques a uma ação deliberada das facções criminosas para desestabilizar o programa de pacificação, principal medida no Estado na área de segurança pública, e disse que já estavam sendo monitorados.

"É um ataque já detectado pelos serviços de informação e de inteligência do governo federal e do governo estadual deliberado, com gravações e informações de diálogos entre chefes dessas organizações criminosas", afirmou. "A marginalidade tenta reocupar territórios, tenta desmoralizar a nossa polícia e o Estado é um só. O Estado tem de se mostrar forte, unido, capaz de debelar o crime organizado."



Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.
// //