Futebol

Autuori enfrenta forte pressão após sofrer a 1ª derrota no Atlético-MG

1ª derrota


06/02/2014

 O começo de trabalho do técnico Paulo Autuori no Atlético-MG não tem sido muito fácil. Bastou a primeira derrota, diante do Tombense, por 2 a 0, no Independência, na quarta-feira, para que o treinador já ouvisse os gritos das arquibancadas pedindo a sua saída do clube mineiro.

Os gritos de "burro" foram rapidamente ecoados no estádio, a cada substituição feita pelo treinador. Os pedidos para a saída do treinador foram constantes durante o segundo tempo da partida.

Nesta quinta-feira, dia seguinte à derrota, o sintoma do torcedor atleticano não foi muito diferente. O clima de insatisfação permaneceu e os pedidos para a troca de comando, já no começo do trabalho, segue atormentando o comandante.

"O Autuori não foi demitido até agora? Assim não dá Kalil. Já tinha de ter sido demitido depois do jogo de ontem (quarta-feira), que foi uma vergonha", disse Luis Vieira.

Rapidamente, a insatisfação dos torcedores passou para as redes sociais. Nesta quinta-feira o tema ‘fora Autuori’ no twitter já era um dos mais comentados por torcedores atleticanos, que mostram a incerteza quanto ao trabalho do treinador. "Prefiro o Levir, o Ney Franco e até o Luxemburgo", disse um torcedor.

Autuori comandou o Atlético em apenas três jogos pelo Campeonato Mineiro, com uma vitória, um empate e uma derrota. O time é o sétimo colocado na competição regional. Porém, sem grandes resultados, a equipe não mostra o bom futebol que ficou marcado na temporada passada, quando conquistou a Libertadores.

O treinador reconhece que tem tido dificuldades no começo do trabalho. "As dificuldades existem para mim e para todos, que é a impossibilidade de preparar para competir. No futebol Brasileiro ninguém teve tempo para trabalhar e ninguém pode justificar essas dificuldades pela falta de tempo, porque essa é a realidade", destacou Autuori, que teve nove dias de pré-temporada com o elenco atleticano completo.

O presidente Alexandre Kalil, por sua vez, considera as manifestações normais e lembra que o técnico Cuca também teve dificuldades quando assumiu o comando da equipe, em 2011, quando sofreu sequência de jogos com derrotas.

"Demos aula de começar mal com o treinador que é ídolo, com o título da Libertadores, com sete derrotas seguidas. Quero dizer o seguinte, a culpa é nossa, do presidente, dos jogadores. Estamos atentos", observou o dirigente.



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