Política

[ASSISTA] Pazuello diz que não recebeu ordem de Bolsonaro sobre cloroquina ou “tratamento precoce” e que não é obrigado a seguir a OMS


19/05/2021

Ex-ministro Eduardo Pazuello (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

Portal WSCOM com 247



Defensor de tratamento sem comprovação científica contra a Covid-19, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou, na CPI da Covid, nesta quarta-feira (19), que não recebeu ordens de Jair Bolsonaro para recomendar a cloroquina para diagnosticados com a doença.

“O presidente nunca me deu ordem direta para nada”, disse o general. “Acredito que a relação com o presidente poderia ser maior ainda, mas os cargos são complicados, a agenda é complicada, então a gente se reunia uma vez por semana”, continuou. “Se pudesse voltar atrás, iria mais vezes conversar com ele”.

Segundo o general, “colocamos medidas preventivas, uso de máscaras, limpezas de mãos, afastamento social necessário. Medidas preventivas são a primeira ideia. Nas entrevistas eu colocava dessa forma. Prefeitos e governadores estão à frente do processo decisório. Apoiamos eles, com o que eles precisarem”

O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), pediu que Pazuello desse respostas mais objetivas. O general rebateu dizendo que respostas simplórias sem contextualização não ajuda a compreensão das pessoas e levou uma invertida do senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão. “O senhor não vai dizer pra gente o que a gente tem que perguntar ou não”.

OMS

“A OMS e a OPAS estavam presente diariamente conosco no ministério. Eles não impõem nada para nós. Não somos obrigados a seguir nenhum tipo de orientação. Somos soberanos”, disse Pazuello.

Ele ainda continuou dizendo que “as posições da OMS não eram contínuas. Usávamos para amparar nosso processo decisório. Ficou decidido no país que medidas restritivas ficavam a cargo dos estados”.



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