{arquivo}Pouco depois que chegou ao Vasco, o técnico Adilson Batista, ainda antes da vitória na estreia (2 a 1 contra o Coritiba), chegou a brincar em coletiva de imprensa dizendo que “ainda não tinha fechado treino” e já previa críticas para o momento em que fosse usar essa prática. Para mais um jogo decisivo, na missão cada dia mais difícil de escapar do rebaixamento, Adilson não vai fechar o treino no campo, mas só vai levar o time ao campo às 17h. O objetivo do treinador é analisar minuciosamente os erros vascaínos, com vídeos e muita conversa, para preparar a equipe para enfrentar o Corinthians, adversário de domingo.

O blefe na escalação na véspera da partida contra o Grêmio, quando chegou a colocar Nei, Bernardo e André no time titular – após avistar um suspeito espião na arquibancada de São Januário -, pode se repetir para encarar a equipe paulista. Sem Pedro Ken, um dos jogadores mais regulares e versáteis da equipe, o técnico precisa decidir nos dois dias que restam para a partida se lança mão de uma opção mais ousada – que ficaria, provavelmente, entre Bernardo, Willie e André, nesse último caso com o recuo de Marlone para o meio de campo – ou se utilizaria Wendel para fechar mais o meio de campo, sobrecarregando, porém, a responsabilidade da criação das jogadas em cima do valorizado camisa 30 do Vasco.

No primeiro treino após a derrota para o Grêmio, nessa quinta, não houve pistas do que o treinador pretende fazer na equipe. Após uma agitada conversa, Adilson comandou treino em campo reduzido, colocou os titulares para trabalhar na academia e na piscina e participou de uma movimentação com reservas, ao lado do auxiliar Jorge Luis. O treinador deve levar em conta também a análise das estatísticas da equipe nas três partidas sob seu comando.

Com críticas veladas aos erros da equipe que custaram a derrota na Arena do Grêmio, Adilson pode repetir a escalação de três zagueiros no Pacaembu, com a entrada de Rafael Vaz ou até Luan na vaga de Renato Silva, que perdeu a disputa de cabeça no gol de Rhodolfo para o Grêmio.

Estudioso de estratégias de jogo, o técnico lembrou, após a derrota em Porto Alegre, que a maneira de jogar do Corinthians é bem diferente da do Grêmio e deu a entender que deve haver mudanças para penetrar no sólido sistema defensivo corintiano. Para o argentino Guiñazu, o Vasco não tem muitas alternativas a não ser atacar neste momento.

– Temos que encontrar um equilíbrio, diminuir nossos erros, mostrar força para atacar e sair com a vitória, tirando forças da onde for – disse o argentino do Vasco.