Paraíba

Aniversário de morte de João Pessoa é lembrado com homenagens do governo e fami

Morto em 1930


26/07/2014

Uma missa na Igreja da Misericórdia e uma solenidade cívica na Praça João Pessoa, seguida de visita ao mausoléu, lembraram, neste sábado (26), o 84º aniversário de morte do ex-presidente João Pessoa, assassinado em 26 de julho de 1930, no Recife (PE). O historiador José Octávio participou da solenidade como representante do Governo do Estado.

“É primordial celebrar esta data porque João Pessoa esteve à frente do seu tempo, foi em busca da modernidade para o Brasil firmada na industrialização e afirmação do seu povo. Um país das conquistas sociais. Ele foi a sementeira para o marco da história do Brasil com a Revolução de 30, onde caminhamos desde então para um país mais moderno, mais urbano e menos rural. O legado de João Pessoa não reside em sua morte, mas sua contribuição em vida”, destacou o historiador José Octávio.

As celebrações tiveram início com uma missa na Igreja da Misericórdia, no Centro da Capital. A missa foi celebrada pelo padre Rui Braga, pároco da Basílica Nossa Senhora das Neves. O religioso exaltou as virtudes do ex-presidente João Pessoa.

Como representante da família, o jornalista Abelardo Jurema Filho lembrou a importância histórica da data para a Paraíba. “A família se sente agradecida e entende que este apreço de homenagens seja feito por todos os paraibanos, pois João Pessoa não se evidenciou por seu assassinato, mas pelo que pode fazer e transformar em vida. É preciso que nesta data haja uma movimentação das escolas, onde os alunos possam aprender sobre este grande homem, além do mais porque nossa bandeira leva o nome ‘nego’. Somente assim, todos os paraibanos farão o verdadeiro reconhecimento de sua própria história”, pontuou.

O historiador Wellington Aguiar, em seu pronunciamento, declarou que a morte de João Pessoa foi determinante para que a Paraíba pudesse entrar no cenário político nacional. “Ele foi exemplo de seriedade, civismo e, acima de tudo, de coragem. Ninguém como ele nunca foi tão corajoso, correto e descente. João Pessoa é símbolo de nossa paraibanidade”, disse.

Além de familiares e amigos, estiveram ainda participando das solenidades o conselheiro Alexandre Amaral Di Lorenzo, representando a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Paraíba; o presidente em exercício do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), o desembargador Marcelo Fonseca, e a coronel Cristiane, representando o Comando Geral da Polícia Militar da Paraíba.

Após a execução do Hino da Paraíba pela Banda de Música da PMPB, os familiares de João Pessoa e as autoridades depositaram uma coroa de flores no mausoléu do ex-presidente, localizado nos jardins do Palácio da Redenção.

O político paraibano João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque nasceu em 24 de janeiro de 1878 na cidade de Umbuzeiro. Ele foi morto em 26 de julho de 1930, por João Dantas, na Confeitaria Glória, no Recife. Seu assassinato é considerado o estopim da Revolução de 1930.

Formou-se em Direito influenciado pelo tio, Epitácio Pessoa, foi auditor da Marinha, ministro do Supremo Tribunal Militar e eleito presidente da Paraíba em 1928. Também foi candidato a vice-presidente do Brasil na chapa encabeçada por Getúlio Vargas.



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