Paraíba

Aedes aegypt: Governo capacita militares para ação de enfrentamento ao mosquito

Aedes aegypt


21/12/2015



O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-PB), deu início na manhã desta segunda-feira (21), no 16º Regimento da Cavalaria Mecanizada, em Bayeux, a uma capacitação para 260 militares do 15º Batalhão de Infantaria Motorizado e do próprio 16º RCMec para o combate efetivo ao mosquito Aedes aegypt. O evento, que se estende até a próxima terça-feira (22), reúne qualificação teórica e prática e acontece em parceria com o Ministério da Saúde e o Exército Brasileiro.

De acordo com o chefe do Núcleo de Fatores Biológicos da SES-PB, Antônio Neto, os militares vão trabalhar em João Pessoa, na Grande João Pessoa e em municípios onde se identifica um número insuficiente de agentes de combate a endemias. “Nosso objetivo nesta capacitação é orientar estes trabalhadores, passando informações sobre como os diversos tipos de criadouros dos mosquitos são formados, a maneira e a importância de eliminá-los com eficiência e rapidez. Teremos uma série de palestras, de apresentações de formulários e também a parte prática sobre como eles trabalharão no dia a dia”, informou.

Antônio Neto enfatizou, ainda, que o foco da capacitação será o repasse de informações para que os militares aprendam a conscientizar os moradores das casas que vão visitar, principalmente no que diz respeito ao acondicionamento da água. “Cerca de 80% dos criadouros são encontrados dentro das residências e 90% deles são produzidos pelo homem. É importante que a população saiba da sua responsabilidade no combate ao mosquito que provoca a dengue, a chikungunya e o zika vírus. Pedimos que a sociedade se tranquilize e receba bem estes militares que serão um reforço vigilante para a saúde do nosso Estado”, alertou.

Os militares estarão nesta força tarefa por um período de três meses, com uma carga horária de 40 horas semanais, visitando domicílios na busca do foco ao Aedes aegypt. “A missão do exército é reforçar a ação dos agentes de saúde e, nesse contexto, é importante qualificar nossos profissionais para que eles tenham conhecimento para executar as atividades corretamente”, disse o comandante do 16º Regimento da Cavalaria Mecanizada, tenente coronel William. Ele ressaltou que a sociedade é peça fundamental no combate ao Aedes Aegypt. “A prevenção é a melhor saída. A população deve evitar o acúmulo de água para que não surjam novos criadouros. No caso do combate, reforçamos o pedido para que autorizem a entrada das equipes que estarão chegando a suas residências”, pontuou.

Plano de Combate ao Mosquito – O Plano está sob a coordenação da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e desenvolvido em todo estado em parceria com as Secretarias de Estado e municipais de diversas pastas e é centrado em cinco eixos. “O Plano consta de cinco eixos que vão trabalhar o controle vetorial como principal peça na prevenção das doenças, a vigilância epidemiológica, a parte da assistência ao paciente, mobilização, gestão e comunicação. No outro ponto, que é a iniciação científica, faremos um trabalho de apoio com a população junto às universidades e instituições de ensino superior da Paraíba, para que sejam desenvolvidas e estimuladas a pesquisa nessa área. É importante lembrar que a população precisa se envolver na eliminação dos criadouros. O mosquito Aedes aegypti pode matar, e por isso ele não pode nascer”, explicou a gerente executiva de Vigilância em Saúde, Renata Nóbrega.

Eixos – Os eixos do Plano de Combate ao Aedes aegypti são:
1º eixo – Controle Vetorial: Considerada a principal ação para prevenir os registros das doenças transmitidas pelo mosquito, com diversas ações de vigilância, entre elas, o fumacê e a qualificação de agentes comunitários de endemias (ACE), além da participação do Exército Brasileiro, que foi acionado para reforçar o contingente operacional nas ações de combate ao Aedes aegypti;

2º eixo – Assistência ao paciente com suspeita de dengue, chikungunya, zika vírus e dos outros agravos associados (Síndrome de Guillain Barré, microcefalia): Serão promovidas qualificações dos profissionais de saúde de todas as quatro macrorregiões do estado.

3º eixo – Vigilância Epidemiológica: Prevê o monitoramento das investigações dos casos suspeitos de microcefalia e síndrome de Guillain Barré e das notificações de dengue, chikungunya e zika vírus. O Laboratório Central de Saúde Pública da Paraíba (Lacen-PB) auxiliará nos diagnósticos.

4º eixo – Gestão: Responsável pelas promoções de campanhas publicitárias e de reuniões com os secretários municipais em parceria com o Ministério Público e também do comitê da dengue; comunicação e mobilização social.

5º eixo – Pesquisa: Em parceria com instituições de ensino e pesquisa com o incentivo a pesquisas científicas relacionadas às doenças transmitidas pelo Aedes e possíveis associações, como a Microcefalia e Síndrome de Guillain Barré.



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