O advogado de defesa do tenente-coronel Mauro Cid, Cezar Bitencourt, concedeu uma entrevista ao jornalista Tácio Lorran, do Estado de S. Paulo, na qual reforçou sua postura de oferecer várias versões do caso e deu ênfase à independência de sua atuação. Após ter recuado de uma informação sobre a suposta incriminação do ex-presidente Jair Bolsonaro no escândalo das joias, Bitencourt destacou que pode oferecer “20, 30 versões” do caso e que tem liberdade para “dizer o que quiser”.

Em meio a questionamentos sobre a linha de defesa adotada, o advogado explicou sua abordagem: “Eu vou dar 20 ou 30 versões, posso dizer o que quiser. A versão da defesa, efetivamente, vai vir nos autos”. Bitencourt também enfatizou que seu papel é discutir fatos com a imprensa, não a defesa técnica que será apresentada durante o processo.

Sobre as declarações recentes relacionadas ao envolvimento do ex-presidente Bolsonaro no caso das joias, o advogado justificou as mudanças em seu discurso: “É, mas eu tinha que ter uma confirmação desse negócio porque eu poderia ter me enganado, né? Eu não tenho muita simpatia por ele, então tenho que tomar mais cuidado para não deixar essa antipatia falar.”

Bitencourt também minimizou a participação da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no esquema das joias: “As pessoas podem ganhar presentes. Ainda mais se tratando da primeira-dama. Presente é presente.”