O agora ex-técnico do Botafogo-PB, Antônio Carlos Zago, falou sobre sua saída repentina do clube, após 31 dias de trabalhos e seis partidas disputadas. As falas foram feitas no programa CBN Esporte Clube, da rádio CBN João Pessoa. 

O treinador lamentou a falta de tempo para desenvolver seu trabalho e criticou a ausência de respaldo por parte da diretoria. ‘’Todos necessitam de um certo tempo para colocar as suas ideias, para fazer que um time jogue da maneira que o treinador deseja e que o clube queira. Eu acho que antes de contratar um treinador você tem que analisar bem as suas características, como ele trabalha. Acho que isso foi feito. Porque foram 15 dias de negociação até o acerto final para a minha vinda ao Botafogo-PB. Mas, assim, às vezes, tudo fica na palavra, em hipóteses que você pode trabalhar no futuro. Eu acho que foi muito pouco tempo, mas cada um tem a sua opinião. A minha é de que o trabalho vinha sendo bem feito’’, afirmou Zago

O treinador também revelou que encontrou o elenco com limitações físicas e reforçou a importância de tempo para a evolução do grupo.

“Nós pegamos um grupo no qual, fisicamente, os jogadores estavam muito abaixo. Os jogadores não estavam acostumados a treinar de verdade, como nós fizemos no período em que estivemos no Botafogo-PB. Tudo tem um certo tempo, principalmente no futebol. Se você quer um trabalho a longo prazo, tem que dar tempo, porque acho que é apenas assim que você pode chegar aos objetivos que tem pela frente”, declarou.

O treinador ainda lamentou a forma como foi comunicado da demissão: “Só fui comunicado só da não sequência do trabalho. Ficamos esperando, também, um pouco mais de conversa dentro disso. Mas, infelizmente, não aconteceu. Apenas me comunicaram. O que eu tenho que fazer é acatar e seguir adiante.”

Por fim, Zago destacou a boa relação com o elenco e cobrou mais apoio da diretoria durante os momentos de instabilidade.

“Acho que tudo, principalmente, para um treinador é importante, nesses momentos, um respaldo, um apoio da diretoria. Passando para os jogadores e para a torcida, em geral, que o treinador é ‘fulano’ e que ele vai continuar até o final do campeonato. Isso é importantíssimo. A minha relação com os jogadores, a maioria, me mandou mensagens depois que eu saí. A maioria deles. Então, o dia a dia era muito bom. Eu sinto que poderíamos melhorar.”