Política

WS explica tática de RC na composição da equipe e a relação com seus aliados

SEGUNDO MANDATO


30/12/2014



O analista político e blogueiro do WSCOM, Walter Santos, avalia o significado da forma e escolha do governador Ricardo Coutinho em relação ao processo de indicação de Secretários. Ele considera que até agora, com as duas listas, o PT e o PMDB não foram contemplados como previa-se nos bastidores políticos. Este encaminhamento, segundo o comentarista político, consolida o estilo do lider do PSB. “Ninguém pode reclamar de que não conhecia o estilo do governador”.

Eis a integra da análise:

Ricardo se mantém inalteradamente Soberano

O anúncio pelo governador Ricardo Coutinho, via Redes Sociais, nesta segunda-feira, de novos nomes para compor a equipe de Secretários e Adjuntos, além de dirigentes de autarquias, mostrou por A + B, mais uma vez, que o líder do PSB se mantém pouco afetado com a imposição e/ou pressão de partidos ou lideranças na montagem do grupo que estará na construção efetiva do seu segundo mandato.

A nova “leva” de técnicos em sua maioria anunciada nesta segunda-feira não evidenciou , como se presumia, a influência do PT e do prefeito Luciano Cartaxo ou do PMDB e/ou do senador José Maranhão. Até agora não há ninguém com essas Marcas.

A impressão é de que o governador se mantém inalterado na sua lógica de governar, pouco pressionado ou nada influenciado, pela cultura partidária de influir indicando nomes de maior exposição. Na essência do que perdura nas duas listas, há sim nomes de referência com partidos – vide o ex-senador Efraim Morais, entretanto, no seu conceito e aplicabilidade mais ampla não foram os partidos que predominaram com nomes nas duas relações anunciadas.

Isto implica em admitir que Ricardo Coutinho se preserva com o mesmo diapasão de antes, apesar de que houvesse, antes do anúncio, quem apostasse em uma mutação de estilo na nova formação por conta da influência real do PT e do PMDB na sucessão recém concluída, mas, pelo andar da carruagem, não são esses símbolos quem conduzem sua linha de gestão no segundo mandato.

Aliás, ninguém pode reclamar de que não conhecia RC. Seu diálogo conceitual está mesmo entre ele e o povão, Zé e Maria da Silva, do bairro da Torre ou de Cachoeira dos Índios.

PT AUSENTE

A primeira e a segunda lista deixaram o Partido dos Trabalhadores sem um nome de reconhecida militância já compondo o novo Governo de Ricardo.

Fala-se que o executivo Lucélio Cartaxo será anunciado na próxima oportunidade, ainda abrigando-o nas especulações dirigindo o Porto de Cabedelo, entretanto, até agora o PT não tem participado da equipe como se pressupunha.

Em síntese, o que o governador quis e quer dizer com esse relacionamento assim com os petistas?

PMDB AQUÉM

Semanas atrás, apesar de desmentido, circulou no WSCOM em primeira mão uma lista que teria sido montada pelo senador eleito José Maranhão para compor o novo time do governador socialista.

Nada do que fora exposto sequer pegou de letra, minimamente.

O PMDB até agora está representado por Ana Cláudia e Nilda Gondim, esposa e mãe do deputado federal eleito Veneziano Vital.

TROCOLLY LONGE

Durante dias circulou também com freqüência nos bastidores políticos de que o deputado estadual Trocolly Junior seria o Secretário Chefe do Escritório de Brasilia – Pasta que voltou a ter importância, algo que não teve no primeiro mandato de Ricardo.

Ao invés de Trocolly, quem está assumindo a Secretaria em Brasilia é o deputado estadual Lindolfo Pires, que quis trocar os ares de Sousa pelo do Planalto.

Será uma espécie de “deputado federal” indo e vindo sem ter assento no Congresso Nacional, mas cuidará dos projetos importantes do Governo nos Ministérios.

No mínimo será uma Pós Graduação.

LAU NO LUGAR CERTO

A confirmação de Lau Siqueira na Secult faz jus ao seu histórico e vinculo do novo Secretário. Cremos, entretanto, que precisará criar vínculos com os atores e processos fora da aldeia já que ele fez o caminho inverso: veio de Porto Alegre para João Pessoa e aqui fincou raízes e pouco é visto nos ambientes decisivos de Recife, Brasilia e São Paulo. Tem de buscar recursos fora, principalmente.

Mas isto não é problema, se ele quiser. A questão de agora em diante é saber como ele dialogará com as várias vertentes da Cultura, que não só do PSB.

Do ponto-de-vista conjuntural é um nome com “know how” e tem tudo para fazer um belo trabalho.

Boa sorte!

UMAS & OUTRAS

…Zé Ramalho está chegando para veraneio depois do Reveillon.

…Bráulio Tavares tem sido visto na aldeia.

…Tadeu Matias, mestre de canto incomum, também está.

…Outro visto já pelas ruas da cidade é o guitarrista internacional Washington Espinola, espécie de miramaense/tabajara/suíço. Poxa ta na hora dos produtores fazerem algo para vermos eles em shows por aqui.

…Totonho veio e voltou, segundo Gil Sabino. Fuba logo diz: ta com medo pra que veio?

…Chico César vai cuidar agora da carreira.

…Conversa boa com Patrick e Soraia Bandeira sobre a realidade musical brasileira, Zé Manoel (outro gênio da MPB) e as paraibanadas.

…Se duvidar tenho prova: ontem, o publicitário, compositor e cantor Lucas Sales estava com violão em plena construção sonora. A praia do Cabo Branco está de prova.

…Tem uma área técnica na PMJP, em setor fundamental, que está criando embaraços medonhos a afetar o mercado. Certamente que o dinâmico prefeito Luciano Cartaxo não sabe da “Missa, um Terço”. Depois esmiuçaremos a atrofia.

ÚLTIMA

“O olho que existe/ é o que vê…”

 

 



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