No desenho tático ensaiado pelo São Paulo nos últimos dias, o único homem de marcação é Wellington, já que Denilson, outro volante do time, tem liberdade para atuar aberto pelo lado direito. Com pouco tempo de preparação, o camisa 5 tricolor deposita esperança no bom entrosamento dos jogadores.

"Isso ajuda muito. Entrosamento é tudo. Conhecer seu companheiro de lado, saber a forma como ele gosta de jogar, tudo isso influencia dentro de um jogo. Manter o time, com a entrada de uma ou outra peça, facilita", opinou Wellington, que, por outro lado, ainda se mostra um pouco desconfiado de qual será o resultado deste esquema.

"Vamos ver com o decorrer do tempo como. Ainda estamos testando essa nova formação e temos que nos adaptar a ela o mais rápido possível, porque temos jogo no dia 19. Vamos acertar no treinamento, para cada um marcar alguém, até porque são 11 contra 11", cobrou.

Apesar de só ter havido duas alterações na equipe (Lúcio tomou a vaga de Rafael Toloi, e Paulo Henrique Ganso herdou vaga pela saída de Lucas), o arranjo em campo é bem diferente do 4-2-3-1 campeão da Copa Sul-americana, que tinha dois volantes, um meia, dois pontas e um centroavante.

Na tática atual, há um losango no meio-campo. Wellington é o primeiro vértice, com Denilson pela direita, Jadson pela esquerda, e Ganso mais à frente. Osvaldo e Luis Fabiano formam a dupla de ataque. No sábado, ela foi testada pela primeira vez em jogo-treino contra o Grêmio Barueri, vencido facilmente por 9 a 1 (com os titulares nos 45 minutos iniciais, o placar foi de 4 a 0).

"Gostei da velocidade de saída para o jogo. O Jadson e o Ganso sabem dar esse último passe muito bem para os atacantes entrarem. A movimentação foi boa, mas ainda precisamos melhorar. Estamos no começo do trabalho", analisou Wellignton.

O duelo de 19 de janeiro, válido pela primeira rodada do Campeonato Paulista, será contra o Mirassol, no Morumbi. Quatro dias depois, o São Paulo recebe o Bolívar, no jogo de ida da fase preliminar da Copa Libertadores.