Internacional

Walter Santos relembra performance de Lula no Oriente Médio em março de 2010 construindo diálogos com judeus e palestinos negociando com Irã


10/10/2023

O multimídia paraibano Walter Santos, fundador do primeiro site de notícias da Paraíba em 1998, o Portal WSCOM e fundador da Revista NORDESTE – há 17 anos fazendo a leitura do Brasil pela ótica dos 9 estados – relembrou de sua participação pessoal na comitiva brasileira liderada em março de 2010 pelo presidente Lula ao visitar Jerusalém, Palestina e Amã na Jordânia pregando diálogo entre israelenses e palestinos ainda participando de acordo nuclear com o então presidente do IRÃ, Mahmud Ahmadinejad.

 

Em março de 2010, em Jerusalém Lula lembrou Oswaldo Aranha criando Estado de Israel, mas já à época dizia ter chegada a hora de se ter Estado Palestino

 

Por Walter Santos

 

A história se impõe muito mais do que as versões dos fatos históricos  atualmente interferindo muito no entendimento real da nova grave crise entre Israel e a Palestina, cuja versão da mídia do Ocidente manipula a abordagem claramente a favor dos israelenses, mesmo diante da condenação pelos atos criminosos do Hamas. A virulência contra palestinos como retaliação também gera crimes de guerra.

Com presidente Lula e Mahomed Abbas, da Autoridade Palestina

Esta síntese serve apenas de ilustração circunstancial para lembrar que, em março de 2010, nós estivemos presentes na Comitiva de Brasileiros na Missão Oficial do presidente Lula a Jerusalém, Palestina e Amã, na Jordânia,num momento de grave crise entre o Irã e os EUA, quando o líder brasileiro conseguiu um acordo com o presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad sobre armas nucleares melhor do que propora Obama com apoio da Turquia.

 

DISCURSO PARA RICOS E POBRES

 

A propósito, vimos com os olhos que um dia a terra haverá de comer, o presidente Lula repetir em alto e bom som aos judeus ricos do mundo em palestra no KING HOTEL, em Jerusalém,  que o Brasil tinha orgulho de ter conduzido através do embaixador Oswaldo Aranha todo processo de criação do Estado de Israel. E se dispunha mais ainda a melhorar as relações diplomáticas.

 

Ele, contudo, com a moral de quem à época fora chamado de “O Cara” por Barack Obama, disse com todas as letras à extraordinária platéia judaica de bilionários que era chegada a hora de construir definitivamente a paz entre judeus e palestinos, inclusive defendendo a  a existência e criação do Estado Palestino na ONU.

 

No dia seguinte, na reunião com palestinos com direito a jantar no quartel do Autoridade Nacional Palestina após visita ao túmulo de Arafat e encontro num ginásio, Lula foi aclamado pelos presentes por sua firmeza de posição pacifista.

 

À época que quem articulava entendimentos comerciais com palestinos era o então vice – presidente Michel Temer. Lembro bem do ministro da SECOM à época, Franklin Martins –  já ali acompanhando as pesquisas de opinião pública sobre os efeitos de Lula no Brasil e no Oriente Médio.

 

LULA TAMBÉM LEMBROU A BOLIVIA

 

O presidente disse ainda que como defensor da ascensão de novos líderes na América do Sul chegou a apoiar Evo Morales para presidente, este que ao vencer a disputa tomou como primeiras decisões nacionalizar as riquezas minerais criando problemas comerciais com a Petrobras, empresas brasileiras  e o gás boliviano.

“Lembro que meus adversários defendiam o uso da força, a invasão até da Bolívia, mas passado todo o tempo quero dizer aos senhores que sem guerra e muita negociação hoje retomamos os negócios com a Bolívia de forma multiplicada. Esta é a força do diálogo”, afirmou atraindo palmas.

Em tempo: tudo isto em março de 2010 quando outros veículos de comunicação do Brasil, a exemplo do Correio Brasiliense, também cobriram a viagem de Lula e comitiva ao Oriente Médio, algo também produzido pela Revista NORDESTE.

Eis o resumo de um flagrante histórico.

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