Política
Walber Virgolino critica uso de câmeras corporais por policiais na Paraíba: “Vai ser o fim das polícias”
10/12/2024
Portal WSCOM
O deputado estadual Walber Virgolino (PL), crítico em relação a medidas que considera ‘restritivas’ ao trabalho policial, manifestou-se contra a implantação de câmeras corporais em policiais militares na Paraíba. O parlamentar bolsonarista afirmou que a medida ‘marginaliza’ os agentes de segurança e compromete a eficiência do trabalho policial nas ruas.
Siga o canal do WSCOM no Whatsapp.
“Eu sou totalmente contra, sempre fui, né? Querem marginalizar a polícia, querem condenar previamente os policiais, dizendo que precisam ser monitorados para evitar cometer crimes. Por que a gente não faz isso com os chefes dos poderes? Quem é que começa com o STF, com o presidente da República, com o Procurador-Geral da República, com o presidente do Congresso Nacional ou da Câmara dos Deputados? Aí vem descendo na Justiça dos Estados, nas Assembleias Legislativas, né? Se a gente for partir dessa premissa, nivelar por baixo, é expor o policial”, argumentou Walber.
O parlamentar, que tem histórico na Polícia Civil, destacou as ‘peculiaridades’ do trabalho policial e enfatizou que as abordagens muitas vezes exigem ações rápidas e enérgicas.
“A atividade policial é uma atividade que você tem que pensar rápido. Quem tá na rua, às vezes, não tem tempo de estar vendo legalidade. Uma abordagem policial é uma abordagem dura, você tem que falar alto. Às vezes, você tem que tirar o cara arrancado do carro dele, no chão. Isso é normal no meu policial. Isso não é ilegal, não é errado”, explicou.
Virgolino acredita que o uso das câmeras pode desestimular os policiais, gerando receio de represálias e enfraquecendo a segurança pública: “Quero ver qual policial vai querer abordar a gente na rua. O policial que vai querer ir pra rua, se expor, arriscar, perder o emprego e acabar preso? Com câmeras corporais, o fim das polícias, né? O STF, juntamente com grande parte da classe política, está empurrando a polícia para a extinção”.
O deputado também refutou o argumento de que as câmeras poderiam proteger os policiais de falsas narrativas. Segundo ele, a narrativa contra as forças de segurança continuará existindo, independentemente do registro visual. “Essas falsas narrativas sempre vão existir, porque faz parte da política e do governo atual. Todo político de esquerda tem essa narrativa de que a polícia é arbitrária, errada. Então, o policial sempre será alvo, filmado ou não”, declarou.
Os comentários a seguir são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.