Paraíba

[VÍDEO] Estudantes ocupam CONSUNI após denúncias de ameaças e intimidação de alunas na UFPB; houve confusão e o reitor saiu correndo


30/09/2022

Redação/Portal WSCOM



Estudantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) ocuparam a sala do Conselho Universitário (CONSUNI) durante reunião que estava sendo realizada na manhã desta sexta-feira (30). Os discentes cobravam um posicionamento do reitor Valdiney Gouveia sobre denúncias de alunas que teriam sido ameaçadas e intimidadas ontem por um servidor da instituição.

Os alunos cobravam ainda o estabelecimento de uma data para uma Reunião Extraordinária do CONSUNI com vista a analisar um dossiê do Comitê contra a Intervenção, elaborado ano passado com todas as denúncias contra a interventoria do professor Valdiney.

Sem entendimento entre as partes, iniciou-se uma confusão generalizada. Houve gritaria, empurra-empurra, além de agressões verbais e físicas. O reitor saiu correndo do local, escoltado por seus assessores. A polícia foi chamada em seguida para conter o tumulto.

Veja vídeos e imagens do ocorrido:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Estudantes denunciam que foram agredidos por seguranças da instituição (Foto: reprodução)

 

A Polícia Militar foi acionada para conter o tumulto na UFPB (Foto: reprodução)

 

Entenda o caso

Na manhã de ontem (29), quatro alunas do campus I da UFPB transportava material político e vestia trajes com dizeres de apoio ao presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi abordado por um servidor da UFPB. O assessor especial Oriel Farias intimidou e ameaçou o grupo por portarem material de divulgação de campanha do ex-presidente.

À tarde, as quatro estudantes registraram um boletim de ocorrência acusando o servidor da instituição de constrangimento ilegal. Na denúncia, as vítimas alegam que se sentiram oprimidas e coagidas. O boletim foi registrado na Delegacia da Mulher.

O assessor especial Oriel Farias é apoiador declarado do atual presidente Jair Bolsonaro, candidato a reeleição e principal crítico do ex-presidente Lula. Nas redes sociais o servidor divulga sua preferência política e se orgulha de ter a foto de Bolsonaro em sua sala de trabalho.

 

(Foto: reprodução)

 

Em nota, a UFPB disse que as estudantes estavam cometendo um ato ilegal. A instituição afirmou que elas estavam fazendo panfletagem política no local, o que seria proibido.

“É importante ressaltar o ato ilegal praticado pelas pessoas que estavam fazendo divulgação política dentro da Universidade. A propósito, toda e qualquer propaganda eleitoral dentro do campus da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) é proibida pela Lei 9.504 (Lei das Eleições); o Estatuto da Universidade, em seu Art. 101, também proíbe expressamente “qualquer manifestação de caráter político-partidário”, disse a UFPB.

No entanto, mesmo que o grupo estivesse fazendo panfletagem, o que não era o caso, não seria proibido por lei. Uma decisão do Superior Tribunal Eleitoral, de 2020, assegura a permissão de propaganda política, mesmo durante as eleições, em instituições de ensino público.



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