Foram apresentados na Câmara de Vereadores de João Pessoa dois projetos de lei que tratam sobre as pessoas vítimas de lesões por mergulho em águas rasas. De propositura do vereador Bruno Farias (PPS), o primeiro institui “A Semana de prevenção de lesões medulares provocadas por mergulho em águas rasas”. Em sua justificativa o vereador explica que esse tipo de acidente é um dos poucos que pode ser prevenido com a informação.

Foram realizadas algumas campanhas, e constatadas que as escolas atingidas por aquela divulgação, mostraram índice em torno de 90% de retenção da informação sobre os riscos relacionados ao mergulho em águas rasas. “A faixa de pessoas que são lesionadas por este tipo de acidente – que em quase na totalidade dos casos leva à tetraplegia, são crianças e jovens, por isso que a divulgação em locais de circulação desse público, bem como clubes, cidades litorâneas e de lagos, é muito importante para a prevenção”, ilustra Bruno.

Segundo o vereador, alguns estudos americanos mostram a redução de 40% no número de acidentes por mergulho em águas rasas graças a campanhas de conscientização. “Por isso, proponho a criação de uma semana de prevenção a lesões medulares provocadas por mergulho em águas rasas – no final de novembro. Esta semana servirá como um chamariz para que a sociedade possa debater esse tema”.

O outro projeto ‘disciplina a prevenção de acidentes em piscinas e dá outras providências’. O objetivo é determinar que nas piscinas de uso público ou coletivo sejam disponibilizadas, dentre outras, informações sobre a profundidade do tanque, informações sobre os riscos de lesão medular e afogamento em casos específicos.

“Entendemos que essa medida, ainda que restrita, poderá contribuir eficientemente para a divulgação de conhecimento de suma importância para usuários de piscinas e para os responsáveis por estes, principalmente de que mergulhos, especialmente em águas rasas, podem causar lesões medulares, exigindo, portanto, cuidado e atenção”, explicou Bruno.

Outras medidas preventivas apresentadas no projeto dizem respeito à presença de salva-vidas capacitados para o adequado resgate da vítima e à proibição de que banhistas alcoolizados façam uso do tanque. “Acreditamos que as medidas propostas poderão contribuir para a redução das terríveis estatísticas de acidentes em piscinas, abrindo, ademais, um espaço para a discussão da prevenção desse tipo de acidente” finalizou.