Futebol

Verdão é castigado com gol no fim e se complica na Taça Libertadores

Libertadores


06/03/2013

 Um jogo para se lamentar. Tecnicamente superior ao Tigre, o Palmeiras não soube converter em gols as chances que teve – algumas incríveis, como a de Kleber, aos 47 minutos do segundo tempo. O castigo foi duro. Com um gol no último lance da partida, a equipe argentina venceu por 1 a 0, no estádio José Dellagiovanna, somou seus primeiros pontos na Taça Libertadores e complicou a situação do Verdão, que só não está na lanterna do Grupo 2 porque tem melhor saldo que os argentinos.

A classificação do Grupo 2 fica assim: Libertad, que empatou com o Sporting Cristal, por 2 a 2, nesta quarta, lidera com sete. O Sporting tem quatro. Verdão e Tigre têm três. O saldo da equipe brasileira é de menos dois; os argentinos têm menos três.

Brasileiros e argentinos voltarão a se enfrentar no dia 2 de abril, desta vez no estádio do Pacaembu, em São Paulo. A delegação alviverde terá pouco tempo para descansar já que, no próximo domingo, terá o clássico contra o São Paulo, pelo Campeonato Paulista, no estádio do Morumbi.

Primeiro tempo muito ruim em Tigre
Um jogo de baixo nível técnico, com poucas emoções e com as duas equipes mostrando claras limitações. Esse é o resumo do primeiro tempo. Nem o Palmeiras, muito menos o Tigre conseguiram jogar com a bola no chão, organizar jogadas e criar algo de destaque.

O Verdão, que iniciou a partida com Kleber e Valdivia como novidades, começou o jogo muito nervoso, errando praticamente tudo que tentava e cometendo faltas demais. Kleber, logo aos sete minutos, recebeu cartão amarelo. No banco, Gilson Kleina pedia a todo instante para o time se acalmar e entrar no ritmo da partida.

A partir dos 20, o Verdão finalmente conseguiu controlar seus ânimos. O problema é que, com exceção do zagueiro Henrique, que mostrou firmeza nos desarmes e arriscou subidas ao ataque, todos pareciam sem um pingo de inspiração. Weldinho e Marcelo Oliveira pouco apoiaram, Valdivia foi uma figura extremamente apagada, e Kleber foi bem controlado pelos três zagueiros argentinos. A única chance veio aos 41, em cabeçada de Maurício Ramos, defendida por Cousillas.

O Tigre, atuando no 3-4-2-1, chegou três vezes com perigo. Duas em jogadas aéreas, sua principal arma, e uma em chute de fora da área, bem defendido por Fernando Prass. Da equipe comandada por Nestor Gorosito, merecem destaque apenas os meia-atacantes Botta e Garcia. O resto tem muita vontade, mas pouca qualidade.

Verdão cresce, domina, mas não marca
O Palmeiras voltou do intervalo mais organizado. Sem alterações, Gilson Kleina conseguiu ajustar as peças e o jogo da equipe fluiu. O time passou a contar com o apoio de Weldinho pela direita. Vinicius, mais ambientado ao jogo, começou a dar trabalho para Paparatto pelo lado esquerdo. Aos quatro, Kleber assustou Cousillas em lance pelo alto, após cruzamento do lateral-direito alviverde.

Percebendo o crescimento adversário, Gorosito agiu no Tigre e fez duas alterações, sacando Garcia e Santander para colocar Janson e Leguizamón. Kleina respondeu na sequência, com Maikon Leite na vaga de Vinicius, que não merecia sair. Em seu primeiro lance, o atacante estragou um ótimo contra-ataque, ao avançar com a bola ao invés de tocar para Wesley, que estava livre para marcar.

Aos 18, ocorreu um princípio de confusão, após Valdivia ser acertado por Galmarini. Os palmeirenses cercaram o juiz equatoriano Omar Ponce, que só advertiu o capitão Henrique por reclamação. O Tigre só foi levar perigo aos 22, em chute de Leguizamón, que assustou Fernando Prass.

O jogo estava sob controle do Verdão, que tinha espaço para jogar e enfrentava um adversário desorganizado e desesperado pela necessidade de vencer. Com Patrick Vieira, o time alviverde ampliou o seu domínio, mas seguia sem conseguir balançar as redes. Que o diga Valdivia, que, dentro da área, só não marcou porque Echeverría salvou quase em cima da linha.

Perto do apito final, Vilson fez falta dura no meio de campo e foi expulso. O Verdão, porém, seguia em cima. Já aos 47 minutos, Kleber arrancou livre pelo meio, corria com a bola rumo ao gol da vitória. Era só chutar. No entanto, ele preferiu arriscar um drible e acabou desarmado. O castigo veio rápido. Peñalba, aos 48, completou cruzamento da direita e decretou a derrota do Verdão.



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