Política

Venziano confirma voto em Hugo, mas diz ser impossível fazer previsão do resulta

liderança do PMDB


16/02/2016

O deputado federal, Veneziano Vital do Rego (PMDB-PB), confirmou na tarde desta terça-feira, 16, em entrevista a Rádio Tabajara, seu voto do companheiro de bancada, deputado federal Hugo Motta, que disputa a liderança do PMDB na Câmara Federal com o deputado carioca Leonardo Picciani.

Apesar de declarar o voto e destacar que a escolha por Hugo, não se deu apenas pelo fato de serem conterrâneos, mas pelo amadurecimento e pelo trabalho que o colega vem desempenhando na Câmara desde o seu primeiro mandato, Veneziano reconheceu que a disputa é acirradíssima e que é impossível prever quem sairá vencedor.

Veneziano lembrou que na última eleição para líder do PMDB, Picciani venceu seu adversário pela diferença de um voto. “É claro que a diferença não pode ser menor que a votação passada, mas essa disputa ganhou contornos ainda mais acirrados”, declarou.

Ministro da Saúde diz que ainda não se decidiu sobre licença do cargo

O ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou nesta terça-feira (16) que ainda não se decidiu sobre se licenciar do cargo temporariamente para votar na eleição de líder do PMDB na Câmara, marcada para esta quarta-feira (17). Castro tem mandato de deputado federal e deixou a Câmara para assumir a Saúde na reforma ministerial de 2015.

Um dos candidatos a lider do PMDB, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), é ligado a Castro e avalizou a indicação do ministro para integrar o governo. O outro candidato, Hugo Motta (PMDB-PB) é aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O Palácio do Planalto prefere uma vitória de Picciani, que é mais próximo do governo.

Segundo informou nesta segunda-feira (16) o Blog da Cristiana Lôbo, Castro vai deixar o ministério por 48 horas. Ao dizer para jornalistas que não tomou a decisão ainda, Castro ressaltou que, além de ministro, é também deputado.

"Não tem nenhuma decisão tomada se sairei ou não. É um fato importante na bancada que eu tenho interesse, todos temos interesse, eu sou deputado federal além de ministro . Eu não tomei a decisão ainda", disse o ministro a jornalistas após participar, em Brasília, de uma reunião com embaixadores de países da União Europeia, em Brasília, para tratar de ações de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Para Castro votar na eleição para líder do PMDB, é preciso que seja publicada no "Diário Oficial da União", em edição extra nesta terça ou na edição desta quarta, a exoneração ou licença dele do Ministério da Saúde.

Após a publicação, Castro deve enviar um ofício à Secretaria-Geral da Mesa da Câmarainformando que retomará seu mandato e, automaticamente, já pode participar de votações na Casa. Como a posse dele ocorreu em fevereiro do ano passado, não é necessário um novo ato para Castro retomar seu mandato.

Oposição

Também nesta terça, partidos de oposição anunciaram que vão protocolar requerimento de convocação do ministro para dar explicações no plenário da Câmara sobre a epidemia do vírus da Zika e sobre a intenção dele de se licenciar do cargo para participar da eleição do PMDB.

Para o líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), a presidente Dilma Rousseff não deveria permitir que Marcelo Castro se licencie do Ministério da Saúde em meio aos esforços do governo em combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do vírus da Zika e da febre Chinkungunya.



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