Brasil
Veneziano chama Trump de “caricato” e defende resposta do Senado: “Brasil não é republiqueta de bananas”
10/07/2025

O senador paraibano Veneziano Vital do Rêgo (MDB) criticou duramente a nova tarifa de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre as exportações brasileiras. Em entrevista à Rede Mais Rádio, o parlamentar classificou a medida como “descabida” e defendeu uma resposta institucional do Congresso Nacional. A tarifa foi anunciada em carta oficial do governo norte-americano, que também expressou apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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“Eu vou instar o presidente Davi Alcolumbre para que o Senado se pronuncie. Isso é um caso que requer um posicionamento institucional do Congresso, mesmo vindo de uma figura caricata. Nada disso nos surpreende, vindo de alguém que acha que o mundo deve se ajoelhar aos caprichos norte-americanos”, afirmou Veneziano.
O senador também reagiu à carta assinada por Trump, na qual o norte-americano chamou o julgamento de Bolsonaro de “vergonha internacional” e “caça às bruxas”. Veneziano apontou que o Brasil precisa manter sua soberania e questionou os motivos da decisão do presidente dos Estados Unidos.
“Nós somos um país soberano. Nós somos um país grande. Nós somos um país de um povo forte, e que vamos ter as nossas reações. Não somos uma republiqueta de bananas. Não somos uma republiqueta qualquer. Nós somos um país soberano”, declarou.
O senador disse que levará o tema para discussão na reunião de líderes do Senado e reforçou que o Brasil tem meios legais para responder ao aumento da tarifa. “Pode haver prejuízo para o Brasil, sim, mas também temos mecanismos de reação. E a pergunta é: até onde isso vai?”, questionou.
Veneziano também criticou o comportamento de Trump no cenário internacional e o acusou de desprezar a diplomacia. “Ele não entende o multilateralismo, não valoriza a diplomacia, e age com desprezo até pelos próprios destinos da sua nação”, declarou. Segundo ele, o comércio internacional vivia um ambiente de equilíbrio até a imposição da nova tarifa.
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