{arquivo}O Vasco fez da já desgastante ida ao Piauí um pesadelo com a atuação abaixo do esperado no empate por 1 a 1 com o Sampaio Corrêa na noite de terça-feira (veja os melhores momentos no vídeo ao lado). Obrigado a atuar a mais de 100km do Rio de Janeiro por conta de uma punição imposta pelo STJD – fruto da briga entre torcidas no ano passado na Arena Joinville -, o Cruz-Maltino quase voltou de Teresina com uma amarga derrota. Desfalcada, a equipe se viu mais lenta que o habitual com a ausência de Douglas no meio. Recuperado da lesão que o tirou de campo por semanas, Edmílson ainda dá sinais de que busca recuperar a melhor forma. Apagado, o atacante pouco contribuiu. Além dele, as costas de Diego Renan voltaram a preocupar Adilson Batista. Por outro lado, a estrela de Guilherme Biteco brilhou e salvou o time de um fiasco no cansativo gramado do estádio Albertão.

Pimenta nas costas – Está cada vez mais clara a intenção de Adilson em fazer de Diego Renan um apoiador nas subidas ao ataque, um jogador que contribua não só na criação no lado esquerdo do ataque, mas também como um finalizador em potencial. No entanto, a insistência em dar a ele esta liberdade tem deixado o setor defensivo vulnerável. Tanto é que aquele lado foi constantemente usado por Pimentinha, que infernizou a defesa cruz-maltina. Durante o primeiro tempo do jogo, sobretudo, ficou perceptível a leitura da equipe maranhense de que as costas de Diego Renan era um dos caminhos ao gol.

Retorno discreto – Depois de se tornar artilheiro do Campeonato Carioca com 11 gols, Edmílson se credenciou para se tornar a principal arma do Vasco na luta pelo acesso à divisão de elite. No entanto, a lesão sofrida ainda em abril o obrigou a ficar de molho. Sem jogar desde o dia 6 de abril, o retorno contra o Sampaio Corrêa parecia se tornar a oportunidade para voltar à ativa. O atacante entrou no intervalo do jogo, porém, sentiu a falta de ritmo e pouco apareceu. Nas poucas chances que teve, ele não contou com o oportunismo que o evidenciou no estadual, como na furada aos 19 minutos do segundo tempo e na cabeça livre desperdiçada aos 35 minutos.

A sina de Diogo Silva – Acostumado com a enxurrada de cobranças vindas da torcida em função de falhas apresentadas desde o ano passado, Diogo Silva tem tentado fazer de 2014 um ano diferente. Com o afastamento do uruguaio Martín Silva, convocado para a Copa do Mundo, Diogo se tornou a opção imediata para a meta vascaína. Apesar das defesas realizadas durante o duelo com o Sampaio Corrêa, a já temerosa torcida cruz-maltina ficou com a pergunta: embora tenha interceptado o cruzamento, o gol do time maranhense foi falha do goleiro? Na saída de campo, o arqueiro se eximiu de culpa no lance e classificou sua saída da meta como ato de coragem para dividir com um adversário.

Jovem segurança – Luan tem começado a trilhar um caminho firme na defesa do Vasco. Mesmo quando a equipe vai mal, em casa ou longe de São Januário, o zagueiro vascaíno tem mostrado o mesmo equilíbrio em todas as partidas que atuou pelo Vasco na temporada. A missão de ter que conduzir o clube a Série A do ano que vem ficou ainda mais dura com a saída de Rodrigo, companheiro de zaga que se recupera de lesão. Referência na retaguarda, o jogador é a peça mais utilizada por Adilson Batista (26 atuações em 28 jogos feitos pelo clube na temporada). Contra o Sampaio Corrêa, o jovem cruz-maltino roubou bolas cruciais para brecar a insistência maranhense.

Pé direito – A ansiedade pela estreia se misturou à euforia da comemoração pelo gol que salvou o Vasco, nos acréscimos da partida – ao tirar a camisa, foi punido com cartão amarelo ao festejar. Bastaram 21 minutos em campo para que Guilherme Biteco estreasse com o pé direito com a camisa cruz-maltina. Ex-Grêmio, o meia-atacante que está emprestado na Colina mostrou estrela. Se posicionou no momento e lugar certos, superou um domínio com dificuldade e brilhou no chute que garantiu o suado empate em Teresina na única oportunidade que teve no jogo.