Brasil

Vai de Bet, empresa de paraibanos investigados, fica fora de lista oficial para operar no Brasil

Plataforma de apostas de André e Aislla Rocha, investigada por lavagem de dinheiro, está ausente da lista de empresas autorizadas pelo governo.


02/10/2024

Dono e co-ceo da VaideBet, André e Aislla Rocha, ao lado do casal Gusttavo Lima e Andressa Suíte em festa na Grécia — Foto: Reprodução/Redes Sociais

Da Redação / Portal WSCOM

A Vai de Bet, empresa de apostas online cujos proprietários são os paraibanos André Rocha e Aislla Rocha, ficou fora da lista divulgada pelo Ministério da Fazenda na última terça-feira (1º), com as operadoras que deram início ao processo de autorização para atuar no Brasil. A ausência ocorre em meio às investigações da Operação Integration, conduzida pela Polícia Civil de Pernambuco, que apura um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo plataformas de apostas e influenciadores digitais.

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O casal Rocha está entre os alvos da investigação, que também inclui o cantor Gusttavo Lima, apontado como detentor de 25% das ações da Vai de Bet desde julho de 2024, segundo as apurações. O Ministério da Fazenda, por meio da Secretaria de Prêmios e Apostas, estabeleceu regras rigorosas para a operação de plataformas de apostas no Brasil, incluindo a exigência de pagamento de uma outorga de R$ 30 milhões e a apresentação de documentos específicos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, alertou que cerca de 600 sites de apostas online poderão ser banidos do país nos próximos dias por irregularidades, e recomendou que os usuários dessas plataformas resgatem os valores depositados. “Se você tem algum dinheiro em casa de aposta, peça a restituição já, porque você tem o direito de ter seu valor restituído”, afirmou.

A Vai de Bet, investigada por lavagem de dinheiro, permanece proibida de operar no Brasil e está sujeita a multas de até R$ 2 bilhões, caso continue oferecendo serviços sem a devida autorização. A plataforma também está na mira da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que poderá bloquear o acesso de usuários no Brasil a sites não autorizados.

As empresas que deram entrada no pedido de autorização terão seus processos avaliados até janeiro. O governo promete intensificar a fiscalização sobre a operação das plataformas, monitorando as apostas feitas no Brasil por meio do CPF dos apostadores e impondo limites nas formas de pagamento e na publicidade dessas empresas.

Segundo Haddad, a intenção é prevenir problemas relacionados à dependência do jogo e combater a lavagem de dinheiro. “Vamos acompanhar CPF por CPF a evolução da aposta e do prêmio para evitar duas coisas: quem aposta muito e ganha pouco está com dependência psicológica do jogo e, quem aposta pouco e ganha muito, está geralmente lavando dinheiro”, declarou o ministro.



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