Paraíba
Uso de internet entre os paraibanos atinge 87%; percentual entre os idosos quadruplica em oito anos, segundo IBGE
25/07/2025

Foto: Reprodução
Da redação/Portal WSCOM
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (25), uma Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) – Módulo de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) de 2024 sobre o uso da internet no país.
De acordo com a amostragem, entre a população paraibana de 10 anos ou mais apresentou crescimento contínuo nos últimos anos, alcançando 87,5% em 2024, o maior percentual da série histórica iniciada em 2016. Em números absolutos, cerca de 3,07 milhões de pessoas fizeram uso da intranet alguma vez, em 2024, no período de referência dos últimos três meses. As informações são oriundas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) – Módulo de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) de 2024, publicada nesta quinta-feira (24).
Em 2016, apenas 55,4% da população de 10 anos ou mais utilizava a internet, o equivalente a 1,85 milhão de pessoas, o avanço entre os anos de 2016 e 2024 tendo sido expressivo, de 32,1 pontos percentuais (p.p.).
De 2023 para 2024, houve um crescimento de 2,2 p.p. no indicador estadual, que passou de 85,3% para 87,5%. Esse avanço segue a tendência observada no Nordeste (de 84,2% para 87,2%) e no Brasil como um todo (de 88% para 89,1%), refletindo a expansão da conectividade digital no país. O percentual da Paraíba ainda ficou abaixo da média nacional, embora superior ao regional. O Distrito Federal (95,9%), Goiás (94%) e Rondônia (93,2%) lideram no ranking desse indicador no país.
A análise por sexo mostra que as mulheres utilizam mais a internet do que os homens. Na Paraíba, em 2024, 89% das mulheres paraibanas com 10 anos ou mais usaram a internet no período de referência dos últimos três meses, frente a 85,9% dos homens. Essa diferença de 3,1 p.p. foi inferior à observada em 2023, quando a distância era de 5,1 pontos (87,8% contra 82,7%). No contexto regional e nacional, o padrão de 2024 se repete: no Nordeste, 88,8% das mulheres estavam conectadas, contra 85,3% dos homens; no Brasil, os percentuais foram de 89,8% e 88,4%, respectivamente.
No recorte por idade, entre 2016 e 2024, na Paraíba, chama a atenção o crescimento observado no uso da internet nos grupos etários mais velhos, em especial entre os idosos com 60 anos ou mais, cujo percentual mais que quadruplicou: de 14,3% para 58,8%, um avanço de 44,5 p.p. Apesar desse crescimento, a Paraíba ainda está abaixo da média nacional, que foi de 69,8% em 2024. Outros grupos etários tradicionalmente menos conectados, como os de 50 a 59 aos e de 40 a 49 anos, também apresentaram fortes crescimentos no período, de 49 e de 46,7 p. p., respectivamente.
No grupo de 10 a 13 anos, merece destaque a queda observada entre 2023 e 2024, de 4,1 pontos percentuais, indo de 89% para 84,9%. No ranking nacional desse indicador, a Paraíba apresentou a 12ª maior proporção do Brasil e a 2ª maior do Nordeste, menor apenas que a de Sergipe (88,8%). O topo da lista foi ocupado pelo Rio Grande do Sul (95,6%), Distrito Federal (89,8%) e Rio de Janeiro (89,6%).
Ainda no recorte por idade, a pesquisa mostra que os jovens seguem liderando no uso da internet: 96,9% das pessoas de 14 a 19 anos e 97,0% da faixa de 20 a 24 anos estavam conectados em 2024. Os grupos etários compreendidos entre 14 e 39 anos de idade apresentaram cobertura superior a 96%, indicando que, enquanto o avanço da inclusão digital se intensifica entre as camadas mais velhas da população, o acesso entre os mais jovens parece ter atingido patamares próximos da universalização, com pouca margem para crescimento adicional.
Em relação aos domicílios, em 2024, 91,7% possuíam acesso à internet na Paraíba, segundo a PNAD Contínua – TIC. Esse percentual representa um crescimento expressivo frente a 2016, quando o índice era de apenas 62,1%, refletindo um avanço de 29,6 p.p. no período. A marca atual supera ligeiramente a média do Nordeste (91,3%) e se aproxima do patamar nacional (93,6%).
No recorte histórico por número absoluto de usuários, a Paraíba saltou de 1,85 milhão de pessoas com mais de dez anos conectadas em 2016 para 3,07 milhões em 2024, um crescimento de quase 70% em menos de uma década. Esse avanço foi acompanhado pelo aumento da penetração da internet nos lares: de 62,1% em 2016 para os atuais 91,7%, um dos mais expressivos crescimentos da região.
Não saber usar a internet é a principal razão apontada entre aqueles que não a utilizavam
Em 2024, a principal razão apontada pelos paraibanos para não utilizarem a internet foi a falta de conhecimento sobre como acessá-la: 63,4% das pessoas de 10 anos ou mais que não usaram a internet alegaram não saber utilizá-la. Esse percentual é superior aos observados nas médias nordestina (56,1%) e brasileira (45,6%). Em seguida, aparecem como motivos menos expressivos a falta de necessidade (14,6%) e o alto custo do serviço ou equipamento eletrônico (8,4%). Apesar de ainda relevantes, essas razões mostram menor impacto na Paraíba em comparação com o Brasil, onde os percentuais foram de 28,5% e 10,9%, respectivamente.
Um dado que chama atenção é que apenas 1,1% dos não usuários na Paraíba disseram que o serviço de internet não estava disponível nos locais que frequentam, revelando que a infraestrutura de acesso não é o principal entrave no estado. Já a preocupação com privacidade ou segurança, embora pouco citada, foi mais mencionada na Paraíba (4,6%) do que no Nordeste (3,1%) e na média nacional (3,8%).
Na 5: Uso de microcomputador ou tablet nos domicílios é o 7º menor do país
Em 2024, apenas 27,3% dos domicílios da Paraíba possuíam microcomputador ou tablet, ficando estável em relação à 2023 (27%), mas em revelação ao início da série histórica, 2016 (37,7%), houve redução de 10,4 pontos percentuais (p.p.) no uso de um destes dispositivos no estado. O resultado para 2024 ficou abaixo da média nacional (40,5%) e a 7ª menor taxa dentre as unidades da Federação, à frente apenas de seis estados, sendo o Maranhão (20,3%) e o Piauí (24,6%) aqueles que detêm os menores índices.
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