Saúde

Unicef inicia projeto para famílias de bebês com microcefalia em Campina Grande

MICROCEFALIA


13/09/2016

O Fundo das Nações Unidades para a Infância (Unicef), inicia nessa semana o projeto Redes de Inclusão, que consiste no acompanhamento multidisciplinar às famílias que têm crianças com microcefalia e outros distúrbios provocados pela Síndrome Congênita do Zika Vírus. A ação será realizada nas cidades de Campina Grande e no Recife.

O projeto Redes de Inclusão foi desenvolvido para dar apoio às gestantes com diagnóstico de microcefalia e suspeita de infecção por Zika, prestar assistência às famílias e aos cuidadores, capacitar os profissionais de saúde, educação e assistência social. A ação pretende desenvolver capacitação para que as famílias façam a estimulação precoce em casa. O projeto também prevê qualificação para profissionais da atenção básica, sobretudo no apoio psicossocial às gestantes, às famílias e aos cuidadores, além de outras ações integradas com vários segmentos da sociedade.

Na próxima quinta-feira, 15, os profissionais do Unicef estarão em Campina Grande para apresentar as diretrizes do projeto e explicar como eles pretendem contribuir para o tratamento das crianças do município. Na ocasião, serão conhecidas as políticas e medidas administrativas, da Prefeitura Municipal, para a assistência e o tratamento dos casos da síndrome.

Na sexta-feira, 16, a secretária municipal de Saúde, Luzia Pinto, assiste à apresentação das questões técnicas do trabalho desenvolvido pelo Unicef. Luzia Pinto falará sobre os resultados do trabalho de diagnóstico e tratamento do Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) e do Hospital Municipal Pedro I.

O encontro será realizado no Centro Regional de Reabilitação e Assistência em Saúde do Trabalhador (Cerast), no bairro Dinamérica. Campina Grande já tinha sido uma das seis cidades contempladas em outro importante projeto nacional, que é o Laboratório de Formação do Trabalhador de Saúde no Contexto da Microcefalia, ZikaLab. “Com todo este apoio, vamos poder melhorar ainda mais o serviço para estas famílias na nossa cidade”, disse Luzia Pinto.

Após a constatação do aumento dos casos de microcefalia em 2015, a Prefeitura de Campina Grande aumentou o número de ultrassonografias oferecidas no Isea e abriu o Ambulatório Especializado no Hospital Pedro I, com atendimento médico de cardiologista, neurologista, oftalmologista e fisioterapia para os bebês e psicólogo e assistente social para as famílias.

No local já foram atendidas mais de 100 crianças e mais de 600 mães. O ambulatório promove capacitação com profissionais de outros municípios, realiza oficinas de estimulação precoce para as famílias desenvolverem atividades de fisioterapia em casa e faz palestras sobre planejamento familiar.
 



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