Esta semana ao medir, olhar, e examinar os guarda-roupas da casa para fins de arrumação, escutei uma pessoa dizer sobre o tamanho do seu minifúndio: E eu que só tenho uma banda e já está de bom tamanho. No mesmo instante me lembrei da minha infância, quando eu dividia o quarto e um guarda-roupa de duas portas com a minha irmã do meio. Era tudo tão pouco, mas também se tinha menos ainda. Um ou dois vestidos pendurados, uma blusa de amassar – tipo camisa de homem; uma prateleira para camisetas; uma gaveta para calçinha, soutien, meia, e uma outra prateleira para coisinhas, caixinhas, cartas, enfim os guardados. Com a chegada da adolescência as roupas aumentaram um pouco e foi tudo ficando apertado. Eu sonhava com um guarda roupa todo meu. Era o meu sonho de consumo. Lembro que um dia, a minha irmã meio que desarrumada, fazia da sua parte, um pouco que nem uma caixa de pandora…você não sabia o que ia achar lá dentro, tamanho era o desalinho. Minha mãe ficou com raiva de tamanha desarrumação e jogou todas as suas roupas no chão para que aprendesse que aquilo não era jeito menina! Quando a minha irmã chegou das Lourdinas a cena estava feita e ela pôs-se a guardar roupa por roupa, para ver se aprendia a lição. Parece que não…